O Ibovespa fechou em alta de 1,31%, aos 128.262 pontos.
O petróleo fechou em queda nesta terça, 23, devolvendo parte dos ganhos vistos nesta segunda, 22, e trazendo o preço do barril do Brent de volta abaixo dos US$ 80, enquanto temores com uma demanda fragilizada continuam contendo investidores da commodity.
O WTI para março caiu 0,52% (US$ -0,39), a US$ 74,37 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para o mesmo mês recuou 0,63% (US$ -0,51), a US$ 79,55 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
A Petrobras seguiu na contramão do petróleo: Petrobras ON (PETR3) subiu 1,46% a R$ 39,61 e Petrobras PN (PETR4) avança 1,25% a R$ 38,17.
A Vale (VALE3) teve forte alta de 2,06% a R$ 69,20. Nesta madrugada, o minério de ferro fechou em alta na China, com rumores sobre um possível estímulo do governo para estabilizar as bolsas do país.
A maior alta da sessão foi do IRB (IRBR3), com +10,6% a R$ 41,84, após reportar lucro líquido de R$ 24 milhões em novembro. Na ponta negativa, destaque para 3R Petroleum (RRRP3), com -1,99% a R$ 28,57.
Mercado em NY
As bolsas de Nova York abriram a sessão de hoje sem direção única e com pouca amplitude, após os ganhos da véspera.
Confira o desempenho dos índices no fechamento:
- Dow Jones: -0,25% a 37.906 pontos
- S&P500: +0,24% a 4.864 pontos
- Nasdaq: +0,43% a 15.425 pontos
No radar dos investidores
O mercado deve seguir repercutindo o anúncio da política industrial do governo brasileiro, que vai disponibilizar R$ 300 bilhões para financiar o setor até 2026, além da sanção do Orçamento deste ano com vetos que incluem um corte de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares.
Na noite de ontem (22), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, e falou sobre meta fiscal, desoneração da folha de pagamento e isenção de IR, temas que devem também estar no radar dos investidores.
No plano internacional, a temportada de balanços nos Estados Unidos se intensifica, enquanto na China, rumores sobre um possível plano de estímulos do governo fez com que as bolsas fechassem no campo positivo.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do dólar
A cotação do dólar hoje recua 0,54% a R$ 4,9627.
O dólar apresenta uma desaceleração no mercado cambial, influenciada pela valorização em relação a outras moedas concorrentes e divisas de países emergentes e ligadas a commodities. O principal influenciador do câmbio é o aumento nos juros de longo prazo dos Treasuries nesta manhã..
Bolsas asiáticas fecham em alta com possível estímulo na China
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira (23), após relatos de que a China está preparando um grande pacote para ajudar seus mercados de ações, que acumularam fortes perdas em pregões recentes. A exceção foi o índice acionário de Tóquio, que caiu marginalmente após o Banco do Japão (BoJ) mais uma vez deixar sua política monetária inalterada.
Segundo a Bloomberg, autoridades da China planejam mobilizar cerca de 2 trilhões de yuans (US$ 278 bilhões), principalmente das contas externas de estatais chinesas, para comprar ações no mercado doméstico por meio da aliança com a Bolsa de Hong Kong. Outros 300 bilhões de yuans em recursos locais também seriam usados para investir em ações.
Liderando os ganhos na Ásia, o Hang Seng saltou 2,6% em Hong Kong hoje, a 15.353,98 pontos, enquanto na China continental, o Xangai Composto subiu 0,53%, a 2.770,98 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,95%, a 1.626,60 pontos.
Já em Tóquio, o Nikkei teve ligeira baixa de 0,08%, a 36.517,57 pontos, um dia após renovar máxima em quase 34 anos e depois de o BoJ deixar sua política monetária intocada.
Posteriormente, no entanto, o presidente do BoJ, Kazuo Ueda disse em coletiva de imprensa que a instituição considerará descontinuar o relaxamento monetário se atingir sua meta de inflação de forma sustentável, comentário que levou o iene a reverter perdas de mais cedo em relação ao dólar.
Em outras partes da região asiática, o sul-coreano Kospi subiu 0,58% em Seul, a 2.478,61 pontos, e o Taiex apresentou modesto ganho de 0,33% em Taiwan, a 17.874,59 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo terceiro pregão seguido, com ajuda de papéis de bancos e de mineradoras, que representam mais de 50% do mercado local. O S&P/ASX 200 avançou 0,51% em Sydney, a 7.514,90 pontos.
Europa recua à espera do BCE
As bolsas europeias operam em modesta baixa na manhã desta terça-feira, revertendo ganhos da abertura, em um pregão sem direção clara à medida que o foco continua sendo a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que só será conhecida em dois dias.
Confira o desempenho do mercado europeu por volta das 07h50:
Londres (FTSE100): -0,22% a 7.471 pontos
Frankfurt (DAX): -0,16% a 16.656 pontos
Paris (CAC 40): -0,29% a 7.391 pontos
Madrid (Ibex 35): -0,89% a 9.879 pontos
Europa (Stoxx 50): -0,38% a 4.463 pontos
Investidores seguem na expectativa pela definição de juros do BCE, na quinta-feira (25). A previsão é que as principais taxas de juros da zona do euro ficarão inalteradas pela terceira vez seguida. Na semana passada, autoridades do BCE sinalizaram que um eventual cortes de juros será discutido a partir do verão europeu, que começa em meados de junho.
Hoje, a agenda da Europa traz apenas levantamento preliminar sobre a confiança do consumidor na zona do euro, que deve ter leve melhora, segundo consenso da FactSet. A temporada de balanços dos EUA também segue no radar.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Ibovespa na segunda-feira
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (22) em queda de 0,81%, aos 126.601,55 pontos.