O Ibovespa abriu a sessão desta quarta-feira (31) em alta. O índice, que chegou a subir 1,29%, reduziu alta à tarde e fechou com ganho de 0,28%, aos 127.752 pontos, após o comunicado do Fed sobre juros. O texto, que evita sinalizar cortes nas taxas básicas de juros, azedou o mercado em Nova York – com os índices acelerando perdas até fechar no negativo.
No último pregão de janeiro, o Ibovespa abriu no zero a zero mas migrou para alta, apesar da queda da maioria das bolsas internacionais e das commodities. A elevação é vista como um ajuste, dadas as duas últimas sessões em que fechou em baixa. Ficam no radar a taxa de desemprego brasileira, informada mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 7,4%, a menor desde 2014, e o balanço do Santander Brasil.
O mercado está na expectativa das decisões sobre juros no Brasil e repercute a decisão do Fed, nos Estados Unidos, de manter a taxa de juros inalterada nesta quarta-feira Espera-se que o Comitê de Política Monetária (Copom) corte a Selic de 11,75% para 11,25% ao ano.
O petróleo tem perdas na casa de 1%, enquanto a Petrobras opera em alta: Petrobras ON (PETR3) sobe 0,57% a R$ 42,41 e Petrobras PN (PETR4) avança 0,55% a R$ 40,54.
A Vale (VALE3) cai 0,57% a R$ 68,18. Nesta madrugada, o minério de ferro teve nova queda na China, repercutindo as preocupações com o PMI industrial chinês, que apontou para uma retração do setor.
A maior alta do Ibovespa é do Magazine Luiza (MGLU3), +7,07% a R$ 2,12. Já o Santander (SANB11), que reportou lucro recorrente de R$ 2,2 bilhões, queda de 19,2% na base sequencial, recua 2,6% a R$ 28,44. A Raia Drogasil (RADL3) cai 2,13% a R$ 25,69. O Grupo Soma (SOMA3) e a Arezzo (ARZZ3) lideram alta com notícia sobre possível fusão. O Soma ganha 13% e a Arezzo, 11%.
Mercado em NY
As bolsas de Nova York abriram em direção mista, com os investidores à espera da decisão de política monetária nos Estados Unidos.
Confira o desempenho do mercado em NY no fechamento:
- Dow Jones: -0,83% a 38.149 pontos
- S&P500: -1,61% a 4.845 pontos
- Nasdaq: -2,23% a 15.164 pontos
No radar dos investidores
Nesta “super quarta”, as atenções no mercado financeiro hoje devem estar voltadas às decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, a expectativa é a de que o Copom reduza a Selic em mais meio ponto percentual, para 11,25%. Nos Estados Unidos, espera-se que o Fomc mantenha a taxa Fed Funds no intervalo entre 5,25% e 5,50%. O comunicado da autarquia, porém, pode mexer com o humor do mercado.
Por aqui, os investidores também ficam atentos aos balanços do quarto trimestre de 2023. Nesta manhã, o Santander (SANB11) reportou lucro recorrente de R$ 2,2 bilhões, queda de 19,2% na base sequencial.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do dólar
A cotação do dólar hoje fechou com queda de 0,16% a R$ 4,9374.
Bolsas asiáticas fecham em baixa com dados chineses
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira (31), na esteira de dados fracos da atividade manufatureira chinesa e com investidores demonstrando cautela antes da decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que será conhecida nas próximas horas. Na Oceania, por outro lado, o mercado australiano renovou máxima histórica em meio a esperanças de que os juros locais sejam cortados.
Hoje, na China continental, o índice Xangai Composto caiu 1,48%, a 2.788,55 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 3,03%, a 1.544,90 pontos.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng recuou 1,39% em Hong Kong, a 15.485,07 pontos, o sul-coreano Kospi registrou baixa marginal de 0,07% a 2.497,09 pontos, e o Taiex cedeu 0,80% em Taiwan, a 17.889,56 pontos.
O mau humor prevaleceu após dados oficiais mostrarem que o PMI industrial chinês subiu apenas levemente em janeiro, a 49,2, indicando contração na manufatura pelo quarto mês consecutivo.
O clima nos negócios asiáticos também foi de cautela antes do anúncio de juros do Fed, na tarde de hoje. Como é amplamente esperado que o BC americano deixe suas taxas básicas inalteradas, investidores ficarão atentos a eventuais sinais de quando os juros dos EUA poderão começar a cair.
Driblando o tom negativo da Ásia pelo segundo dia consecutivo, o japonês Nikkei subiu 0,61% em Tóquio, a 36.286,71 pontos, ajudado por empresas que divulgaram balanços melhores do que o esperado, caso da Komatsu (+8,6%) e da Canon (+7,85%).
Já a bolsa australiana, a principal da Oceania, fechou em nível recorde, algo que não fazia desde agosto de 2021, após dados fracos da inflação doméstica melhorarem as chances de uma redução de juros pelo RBA, como é conhecido o BC da Austrália. O S&P/ASX 200 avançou 1,06% em Sydney, ao inédito patamar de 7.680,70 pontos.
Europa opera mista à espera do Fomc
As bolsas europeias operam sem direção única na manhã desta quarta-feira, enquanto investidores aguardam decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e avaliam dados econômicos e balanços corporativos. O do Santander agradou, e sua ação sobe no mercado espanhol.
Confira o desempenho dos índices por volta das 07h50:
- Londres (FTSE100): +0,02% a 7.667 pontos
- Frankfurt (DAX): -0,19% a 16.939 pontos
- Paris (CAC 40): +0,04% a 7.680 pontos
- Madrid (Ibex 35): +0,55% a 10.094 pontos
- Europa (Stoxx 50): -0,07% a 4.659 pontos
Os negócios na Europa são marcados por uma certa dose de cautela antes do anúncio de juros do Fed, na tarde de hoje. Como é amplamente esperado que o BC dos EUA deixe suas taxas básicas inalteradas, investidores ficarão atentos a eventuais sinais de quando os juros americanos poderão começar a cair. Amanhã (01), será a vez do Banco da Inglaterra (BoE) de definir juros.
Da temporada de balanços, destaque para o Santander, que lucrou mais do que o esperado no quarto trimestre do ano passado. A ação do gigante bancário espanhol avançava 1,8% em Madri.
No noticiário macroeconômico, o setor varejista da Alemanha decepcionou com uma inesperada queda nas vendas de dezembro. Nas próximas horas, serão divulgados números preliminares da inflação ao consumidor (CPI) alemão referentes a janeiro.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Ibovespa na terça-feira
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (30) em queda de 0,86%, aos 127.401,81 pontos.