Ibovespa abre em alta com Weg (WEGE3) liderando ganhos; Renner (LREN3) cai após balanço, Vale (VALE3) recua com minério e dólar avança
O Ibovespa abriu a sessão desta sexta-feira (15) em alta, e por volta das 10h20, o índice avançava 0,21%, aos 127.957 pontos.
O petróleo cai em torno de 0,50% nesta manhã, enquanto a Petrobras avança: Petrobras ON (PETR3) sobe 0,19% a R$ 36,82 e Petrobras PN (PETR4) tem alta de 0,36% a R$ 36,34
Já o minério de ferro teve nova queda nesta madrugada na China, impactando negativamente a Vale (VALE3), que recua 0,65% a R$ 60,05.
A maior alta do Ibovespa no início de sessão é da Weg (WEGE3), +2,33% a R$ 38,67, após ter recomendação elevada pelo Itaú BBA. Na sequência aparecem Tim (TIMS3), +1,60% a R$ 19,06 e Cemig (CMIG4), +1,53% a R$ 11,27.
Na ponta negativa, a maior queda é de Yduqs (YDUQ3), -5,28% a R$ 20,10. A Renner (LREN3) tem o segundo pior desempenho, com -4% a R$ 15,83, após reportar balanço e anunciar a saída do presidente do conselho de administração. Casas Bahia (BHIA3), completa o top-3 negativo com -2,50% a R$ 7,81.
- José Galló, presidente do conselho da Renner (LREN3), deixará empresa após 32 anos
- Lojas Renner (LREN3) vai distribuir R$ 143,7 milhões em JCP aos seus acionistas
- Com Black Friday e Natal, lucro da Lojas Renner (LREN3) sobe 9,4% e vai a R$ 526,9 milhões no 4T23
- Yduqs (YDUQ3) vê prejuízo saltar 42,7% no 4T23, mas fecha o ano no azul
No radar dos investidores
Em dia de agenda esvaziada, os investidores devem seguir repercutindo os dados de inflação e de emprego divulgados ontem nos Estados Unidos, que arrefeceram as expectativas por um corte de juros mais bruscos pelo Federal Reserve. Hoje, foi divulgada a produção industrial norte-americana, que teve alta mensal de 0,80% em fevereiro, ante consenso de 0,30%.
Além disso, o mercado segue de olho nos resultados da reta final da temporada de balanços, enquanto fica atento aos possíveis desdobramentos da crise na Petrobras e na Vale.
Por falar na mineradora, a China também preocupa os investidores, uma vez que o minério de ferro vem estendendo sua sequência de quedas. Nesta madrugada, em Singapura, por exemplo, a commodity ficou abaixo dos US$ 100 por tonelada.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do dólar
A cotação do dólar hoje avança 0,15% a R$ 4,9970.
Bolsas asiáticas fecham em baixa, com China na contramão
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira (15), após os últimos dados da inflação dos EUA abafarem esperanças de cortes mais agressivos dos juros americanos.
Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,25%, aos 127.689,97 pontos
Liderando as perdas na Ásia hoje, o índice sul-coreano Kospi teve queda de 1,91% em Seul, a 2.666,84 pontos, interrompendo uma sequência de três sessões positivas. O Hang Seng, por sua vez, caiu 1,42% em Hong Kong, a 16.720,89 pontos, pressionado por ações de incorporadoras após pesquisa mostrar nova queda nos preços de imóveis na China. Já o Taiex recuou 1,28% em Taiwan, a 19.682,50 pontos, e o japonês Nikkei cedeu 0,26% em Tóquio, a 38.707,64 pontos.
A inflação ao produtor (PPI) dos EUA superou todas as expectativas, pesando em Wall Street, que teve perdas modestas ontem, e aumentando as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) seja mais conservador ao decidir sobre eventuais cortes de juros mais adiante. Por enquanto, continua prevalecendo a hipótese de que a primeira redução de juros nos EUA virá em junho.
Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no azul hoje, sustentados por ações de montadores e de tecnologia. O Xangai Composto subiu 0,54%, a 3.054,64 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,94%, a 1.774,68 pontos. Quando os negócios já haviam se encerrado, o regulador chinês de valores mobiliários prometeu endurecer a supervisão dos mercados de capitais e de processos para o lançamento de ofertas públicas iniciais (IPOs) de ações.
Já no fim da noite de ontem (pelo horário de Brasília), o banco central chinês (PBoC) decidiu manter a taxa da linha de empréstimo de médio prazo em 2,5%, sinalizando que não deverá alterar seus juros básicos na próxima semana.
No Japão, após o fechamento do Nikkei, levantamento preliminar mostrou que as maiores empresas do país deverão conceder este ano reajuste salarial médio acima de 5% pela primeira vez desde 1991. Forte aumento salarial é considerado um importante fator para o Banco do Japão (BoJ) encerrar sua política de juro negativo, adotada há mais de oito anos, na reunião deste mês ou de abril. O BC japonês anuncia decisão de política monetária na terça-feira (19).
Na Oceania, a bolsa australiana caiu pelo segundo pregão consecutivo, com a fraqueza de ações de mineradoras. O S&P/ASX 200 teve baixa de 0,56% em Sydney, a 7.670,30 pontos.
Bolsas da Europa sobem com noticiário corporativo
As bolsas europeias operam em alta na manhã desta sexta-feira, influenciadas pelo noticiário corporativo e à espera de uma nova rodada de indicadores dos EUA.
Confira o desempenho dos índices por volta das 08h10:
Londres (FTSE100): +0,11% a 7.751 pontos
Frankfurt (DAX): +0,47% a 18.006 pontos
Paris (CAC 40): +0,34% a 8.189 pontos
Madrid (Ibex 35): +1,20% a 10.616 pontos
Europa (Stoxx 50): +0,41% a 5.014 pontos
A ação da Galp Energia é um dos destaques, com salto de 6,4% após a petrolífera portuguesa anunciar a descoberta “de uma coluna significativa de petróleo leve” na Namíbia.
Já em Londres, a Vodafone subia 4,6%, após a empresa de telecomunicações britânica fechar a venda de sua operação italiana para a Swisscom, por 8 bilhões de euros. Em Zurique, a Swisscom avançava 2,4%.
Nas próximas horas, investidores na Europa vão acompanhar uma série de dados econômicos dos EUA, incluindo pesquisas sobre produção industrial, confiança do consumidor e expectativas de inflação. Ontem, a inflação ao produtor (PPI) dos EUA veio acima do esperado, ampliando as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) seja mais conservador ao decidir sobre eventuais cortes de juros.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Último fechamento do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (14) em queda de 0,25%, aos 127.689,97 pontos