O Ibovespa abriu a sessão desta terça-feira (06) em alta, e por volta das 10h20, o índice avançava 1,03%, aos 128.902 pontos.
O petróleo opera em alta próxima a 1% nesta manhã, enquanto a Petrobras acompanha o movimento: Petrobras ON (PETR3) sobe 0,90% a R$ 42,71 e Petrobras PN (PETR4) avança 1,04% a R$ 41,63.
A Vale (VALE3) avança 0,67% a R$ 65,95, de olho em estímulos na China, mesmo após o minério de ferro ter fechado em queda nesta madrugada na Ásia.
A maior alta do início de sessão é de Natura (NTCO3), +5,98% a R$ 17,02, após a notícia de que a empresa avalia uma separação da Avon para gerar duas companhias independentes de capital aberto. Cielo (CIEL3),+3,58% a R$ 5,21 e Bradesco (BBDC4), +3,26% a R$ 16,14, envolvidas na possível saída da empresa adquirente da bolsa, completam a lista de maiores altas.
Na ponta negativa, Vibra (VBRR3) lidera as quedas com -1,94% a R$ 32,21, seguida por Ultrapar (UGPA3), -0,85% a R$ 27,94 e Embraer (EMBR3), -0,70% a R$ 22,54.
No radar dos investidores
Os investidores devem repercutir a ata da última reunião do Copom, que reduziu a taxa Selic em mais meio ponto percentual, para 11,25% ao ano. No documento, o comitê afirma que deve adotar uma postura mais cautelosa, sinalizando novos cortes de 50 pontos percentuais e contrariando parte do mercado que apostava em uma aceleração na trajetória de queda nos juros.
Os balanços também seguem movimentando a bolsa brasileira. Ontem à noite, foi a vez do Itaú (ITUB4) reportar seus números do terceiro trimestre, com alta de 22,6% no lucro na base anual, para R$ 9,401 bilhões.
No noticiário corporativo, destaque para a Natura (NTCO3), que avalia uma separação da Avon para gerar duas empresas independentes de capital aberto e para a Cielo (CIEL3), que pode sair da bolsa após oferta de ações de Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3).
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do dólar
A cotação do dólar hoje recua 0,43% a R$ 4,9639.
O real é beneficiado, por enquanto, pela alta do petróleo e notícias sobre medidas de estímulo na China. Ontem, o dólar à vista fechou aos R$ 4,9818, depois de ultrapassar os R$ 5,00 na máxima do dia (R$ 5,0181) afetado pela perspectiva de início de corte de juros nos EUA possivelmente no segundo trimestre após sinais de dirigentes do Fed e dados de serviços acima do esperado.
Bolsas asiáticas: China avança com novos estímulos
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira (06), com as chinesas se recuperando de forma vigorosa após sinais de apoio oficial.
Na China continental, os mercados exibiram robustos ganhos, depois de caírem por seis pregões seguidos em meio a preocupações sobre a saúde da segunda maior economia do mundo. Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto avançou 3,23% hoje, a 2.789,49 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 5,14%, a 1.506,79 pontos, no seu melhor dia desde fevereiro de 2019.
Em comunicado, o regulador de mercado chinês encorajou empresas a conduzir recompras de ações, declarar dividendos e a tomar outras iniciativas para impulsionar seu valor. Já o Central Huijin Investment, fundo soberano que controla bancos estatais da China e grandes empresas, prometeu ampliar suas compras de ações.
Além disso, o presidente da China, Xi Jinping, deverá ter uma reunião com autoridades para discutir a recente fraqueza dos mercados acionários, segundo fontes anônimas ouvidas pela Bloomberg.
Em Hong Long, o Hang Seng teve ganho de 4,04%, o maior para um único dia desde julho de 2023, encerrando a sessão em 16.136,87 pontos.
Outros mercados da Ásia sentiram o mau humor das bolsas de Nova York, que ontem caíram de forma generalizada com reforço da mensagem de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) não está com pressa de começar a reduzir juros. O índice japonês Nikkei caiu 0,53% em Tóquio, a 36.160,66 pontos, e o sul-coreano Kospi recuou 0,58% em Seul, a 2.576,20 pontos. Em Taiwan, não houve negócios hoje em função de um feriado.
Na Oceania, o mercado australiano ficou no vermelho pelo segundo pregão consecutivo, também sob o peso de Wall Street e após o RBA – como é conhecido o BC do país – manter seu juro básico no atual nível de 4,35%. O S&P/ASX 200 caiu 0,58% em Sydney, a 7.581,60 pontos.
Europa sobe com balanços
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta terça-feira, após balanço positivo da gigante petrolífera BP, dados alemães melhores do que o esperado e sinais de novos estímulos para sustentar os enfraquecidos mercados acionários da China.
Confira o desempenho dos índices por volta das 08h:
- Londres (FTSE100): +0,47% a 7.651 pontos
- Frankfurt (DAX): -0,07% a 16.892 pontos
- Paris (CAC 40): +0,21% a 7.605 pontos
- Madrid (Ibex 35): +0,28% a 9.972 pontos
- Europa (Stoxx 50): +0,18% a 4.663 pontos
A BP lucrou mais do que o esperado no quarto trimestre de 2023 e revelou planos de acelerar recompras de ações. O papel da petrolífera saltava 5,7% em Londres.
Em Zurique, por outro lado, a ação do UBS caía 2,5%, após o banco suíço registrar prejuízo menor do que o previsto, mas decepcionar em termos de receita.
No noticiário macroeconômico, surpresa positiva da Alemanha, onde as encomendas à indústria deram um salto de 8,9% em dezembro ante o mês anterior. A previsão de analistas era de queda de 0,3%. Já na zona do euro, as vendas no varejo recuaram 1,1% no mesmo período, variação que veio quase em linha com o consenso.
O apetite por risco na Europa vem também após as bolsas asiáticas, em especial as chinesas, se recuperarem com vigor hoje de fortes perdas recentes, diante de sinais de novos estímulos de Pequim.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Ibovespa na segunda-feira
O Ibovespa fechou a sessão de ontem (05) em alta de 0,32%, aos 127.593,49 pontos.