Ibovespa avança com Petz (PETZ3) disparando 45%; Petrobras (PETR4) sobe, Vale (VALE3) cai, Azul (AZUL4) lidera perdas e dólar recua
O Ibovespa abriu a sessão desta sexta-feira (19) em alta, e por volta das 10h20, o índice avançava 0,18%, aos 124.425 pontos.
Apesar das notícias que apontam para um contra-ataque de Israel após a ofensiva realizada pelo Irã no último final de semana, o petróleo opera em baixa nesta manhã. A Petrobras, por sua vez, avança: Petrobras ON (PETR3), +0,27% a R$ 41,16 e Petrobras PN (PETR4), +0,28% a R$ 39,97.
O minério de ferro teve leve recuo nesta madrugada em Dalian, na China, ao passo que a Vale (VALE3) cai 0,14% a R$ 62,24.
A maior alta do Ibov no início de sessão é da Petz (PETZ3), que dispara 44,57% a R$ 5,06, após avanço na negociação de fusão com a Cobasi. Rede D’Or (RDOR3), +3,69% a R$ 24,18 e CVC (CVCB3), +3,33% a R$ 1,86, completam o top-3.
Na ponta negativa do índice Bovespa, a maior queda é da Azul (AZUL4), -1,09% a R$ 9,95, seguida por 3R Petroleum (RRRP3), -1,06% a R$ 32,56 e Embraer (EMBR3), -0,72% a R$ 31,60.
No radar dos investidores
O mercado fica de olho no desenrolar das tensões no Oriente Médio, uma vez que vem sendo noticiado pela mídia internacional que Israel teria contra-atacado o Irã. No entanto, a interpretação inicial é a de que a ofensiva não teria sido tão aguda, mas é possível que haja reflexos nas bolsas mundiais hoje. Na Ásia, por exemplo, o sinal foi negativo nesta sexta-feira.
Os investidores também repercutem os balanços de grandes empresas mundo afora. No setor de tecnologia, por exemplo, a Netflix informou ontem que superou a meta de novos assinantes, mas estimou uma receita abaixo do previsto pelo mercado. A TSMC, grande produtora de chips semicondutores, foi em uma linha parecida, decepcionando os investidores ao fazer projeções mais tímidas para o restante do ano.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do dólar
A cotação do dólar hoje cai 0,16% a R$ 5,2393.
O dólar hoje acompanha o recuo dos treasuries nos Estados Unidos, em busca de novos sinais para a política monetária norte-americana.
Bolsas asiáticas fecham em queda, de olho no Oriente Médio
As bolsas asiáticas registraram baixas nesta sexta-feira (19). O aparente ataque de Israel ao Irã reforçou a cautela com o quadro geopolítico, mas houve tempo para redução das perdas, diante da avaliação de que o episódio, ao menos por enquanto, parecia limitado.
Hoje, na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 2,66%, em 37.068,35 pontos. A perda diária em pontos foi a maior desde fevereiro de 2021, no maior recuo porcentual do índice desde setembro de 2022. Além disso, havia espaço para a correção, após menos de um mês atrás Tóquio ter atingido máxima histórica. Ainda assim, o Nikkei reduziu perdas vistas nas mínimas intraday de mais cedo.
Na China, a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,29%, em 3.065,38 pontos, e a de Shenzhen recuou 0,73%, a 1.764,10 pontos. Ações ligadas a serviços de consumo e de companhias de semicondutores puxaram as perdas. Neste caso, influiu o fato de que a TSMC reduziu a perspectiva para o crescimento do setor de chips em 2024, em quadro de demanda mais modesta dos consumidores. Hygon Information Technology caiu 4,8% e NAURA Technology Group, 2,2%. China Tourism Group Duty Free registrou baixa de 5,3%. Já papéis do setor de energia subiram, ante temores sobre a oferta com as tensões no Oriente Médio. PetroChina caiu 2,8% e Cnooc, 3,95%.
O índice Kospi, da Bolsa de Seul, caiu 1,64%, a 2.591,55 pontos. Ações de empresas de semicondutores também estiveram sob pressão nesse mercado. Samsung Electronics caiu 2,5% e a fabricante de chips SK Hynix recuou 4,9%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,99%, em 16.224,14 pontos, com a ação da Li Auto liderando as perdas (-7,4%). Em Taiwan, o Taiex caiu 3,81%, a 19.527,12 pontos.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 caiu 0,98% na Bolsa de Sydney, a 7.567,30 pontos. O mercado australiano teve a pior semana desde setembro, com recuo semanal de 2,8%, em quadro de menor expectativa por cortes de juros e crescentes temores ante o conflito no Oriente Médio. Houve ainda redução nas perdas no dia, mas todos os 11 setores terminaram com baixa, com os setor financeiro exibindo perda de pouco mais de 1%.
Último fechamento do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (18) praticamente estável, com alta de 0,02%, aos 124.196,18 pontos.