Ibovespa encosta em 133 mil pontos, em meio à oscilação do petróleo
O Ibovespa opera em alta na manhã desta quarta-feira (24), e chegou à máxima intradia de 133.316,37 pontos, mas perdeu força devido ao recuo dos papéis da Petrobras (PETR4), diante de uma subida em menor intensidade dos preços do petróleo

O cenário aumenta o impasse em relação aos preços da gasolina vendida pela Petrobras, dado que o petróleo Brent, referência para a estatal, acumula queda de cerca de 11% em abril. Segundo o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, segue no radar pressão para corte nos preços da gasolina da Petrobras. “Há um impasse. Então, investidores não conseguem comemorar essa alta do petróleo”, avalia.
Às 11h36, o Ibovespa subia 0,59%, aos 132.994,58 pontos. Petrobras cedia 1,21% (PETR4) e 1,93% (PETR3). Já Vale (VALE3) subia 1,07%, de olho em medidas chinesas.
Na abertura, o Índice Bovespa operou em 132.245,05 pontos, em alta de 0,01%, ante mínima aos 132.223,46 pontos (alta de 0,01%), ainda no embalo do recuo estratégico do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas falas sobre a China e o presidente do Federal Reserva (Fed), Jerome Powell.
“Ontem (quarta, 23) o dia foi muito positivo. É fluxo, não tem nada de relevante. Investidores tentam diversificar e buscam proteção neste momento de elevada incerteza por contas da guerra comercial entre China e Estados Unidos”, diz Pedro Moreira, sócio da One Investimentos.
Ibovespa: alta na quarta em meio a sinais positivos
Na quarta, o Ibovespa encerrou com valorização de 1,34%, aos 132.216,07 pontos, na maior marca desde o final de março, em meio a sinais de alívio relacionados à política tarifária de Donald Trump.
Apesar de a cautela estar de volta nesta quinta, após as falas amenas de Trump, de que consideraria reduzir tarifas sobre as importações chinesas, em uma tentativa de aliviar as tensões comerciais com Pequim, e em relação ao Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), as bolsas norte-americanas sobem. Sobre eventuais negociações, a China negou.
Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, diz que as idas e vindas do presidente norte-americano geram, além da volatilidade, um sentimento de imprevisibilidade e desgaste entre os agentes, que não se sentem encorajados a adotar um posicionamento mais firmes.
Em dia de agenda de indicadores esvaziada no Brasil, investidores monitoram a participação de diretores do Banco Central em eventos diante da preocupação do presidente do BC, Gabriel Galípolo, com a disseminação da inflação brasileira. No exterior, saíram dados de atividades dos EUA como os de encomendas de bens duráveis, pedidos de auxílio-desemprego e vendas de moradias usadas.
Ainda sairão os resultados trimestrais de Alphabet e Intel. No Brasil, a Vale (VALE3) será destaque após o fechamento da B3. Mais cedo, a Usiminas (USIM3) informou que saiu de prejuízo para lucro líquido de R$ 337 milhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa alta de 845% em relação ao mesmo período de 2024.
Com Estadão Conteúdo