O Ibovespa segue em alta na reta final do pregão desta sexta-feira (22). Por volta das 17h30, o índice avançava 0,37% a 132.672 pontos.
O petróleo operava em alta pela manhã, virou para o campo negativo durante a tarde e fechou em leve queda. De qualquer forma, a Petrobras tem ganhos: Petrobras ON (PETR3) avança 1,02% a R$ 38,50 e Petrobras PN (PETR4) tem alta de 0,77% a R$ 36,67.
O minério de ferro teve mais uma forte alta nesta madrugada em Dalian, na China. A Vale (VALE3), no entanto, vai na contramão: -0,65% a R$ 76,48.
A maior alta do Ibovespa é de Casas Bahia (BHIA3), +4,82% a R$ 10,88.
Na ponta negativa, destaque para IRB (IRBR3), -5,93% a R$ 45,67.
Mercado em NY
O mercado em NY abriu em alta nesta sexta-feira, após a divulgação dos dados de inflação do PCE. O núcleo da inflação teve variação mensal de 0,20% em novembro, ante consenso de 0,30%. Na parte da tarde, os índices chegaram a zerar os ganhos, e agora operam mistos.
Confira o desempenhos dos principais índices acionários de Nova York por volta das 16h40:
- Dow Jones: -0,07% a 37.379 pontos
- S&P500: +0,15% a 4.753 pontos
- Nasdaq: +0,19% a 14.993 pontos
No radar dos investidores
O grande destaque do dia fica por conta do PCE nos Estados Unidos. O núcleo do índice de inflação teve variação de 0,10% em novembro na base mensal, ante consenso de avanço de 0,20%.
Além disso, o mercado segue atento às movimentações em Brasília, sobretudo no que diz respeito às contas do governo para o ano que vem. Na noite de ontem, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou o texto-base da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. Os parlamentares analisam agora 136 destaques (sugestões de mudança) ao texto. Depois, a proposta ainda terá de passar pelo plenário do Congresso.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do dólar hoje
O dólar à vista fechou em queda de 0,54% a R$ 4,8615.
O dólar, que opera em leve queda em relação a moedas fortes e de países exportadores de commodities, sente o peso da queda nas taxas dos Treasuries. Já a curva de juros futuros no Brasil fechou em queda, com o DI para janeiro de 2031 recuando 6 pontos-base a 10,27%.
Bolsas da Ásia fecham em baixa
As bolsas da Ásia fecharam com viés negativo nesta sexta-feira, após nova regulação na China renovar temores por um cerco do governo ao setor privado e se sobrepor a sinais de estímulos econômicos por Pequim.
Autoridades chinesas divulgaram hoje um conjunto de propostas que endurece as regras para jogos online, que inclui limites para os gastos de usuários. Como resultado, a ação da Netease, gigante dos videogames no país asiático, despencou 24,60% em Hong Kong, enquanto Tencent perdeu 12,35%.
Assim, o índice Hang Seng, referência na ilha semiautônoma, encerrou a sessão em baixa de 1,69%, a 16.340,41 pontos. A Bolsa de Xangai caiu 0,13%, a 2.914,78 pontos, enquanto a de Shenzhen, menos abrangente, cedeu 0,88%, aos 1.785,64 pontos.
As perdas foram relativamente limitadas pela decisão de grandes bancos chineses de cortarem as taxas de depósito, que pode abrir caminho para que o Banco do Povo da China (PBoC) reduza juros.
Entre outras praças na região, o índice Kospi, de Seul, perdeu 0,02%, a 2.599,51 pontos, na mínima do dia.
Em Tóquio, o Nikkei subiu 0,09%, aos 33.169,05 pontos, com Toyota em baixa de 0,85%, ainda de olho em um escândalo de segurança em uma subsidiária da montadora.
O índice Taiex, de Taiwan, por sua vez, ganhou 0,30%, aos 17.596,63 pontos.
Bolsas da Europa fecham em alta
As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta sexta-feira, encerrando a última sessão antes do feriado de Natal com impulso das perspectivas para a política monetária no próximo ano. A divulgação de indicadores da economia norte-americana reforçou a visão de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em 2024, o que deu ânimo a ativos de risco.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,14%, a 477,60 pontos.
O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) americano avançou 2,6% na taxa anual de novembro, enquanto o núcleo subiu 3,2%, em desaceleração ao comparar com os números anuais de outubro, e abaixo das expectativas do mercado. Já as expectativas da inflação no longo prazo também apontaram para uma alta de preços mais branda daqui a um e cinco anos.
Os dados divulgados nesta sexta, de acordo com o economista-chefe dos EUA da Oxford Economics, Michael Pearce, são encorajadores para a economia americana e está “parecendo muito com um pouso suave”. Depois dos dados, Pearce atualizou suas apostas de cortes de juros e espera que o Fed antecipe a redução de taxas para maio. O mercado, porém, segue divergindo de analistas e aposta em cortes começando já em março, com a ferramenta do CME Group indicando 88% de chance de redução na reunião de política monetária deste mês.
O Reino Unido informou nesta sexta que as vendas no varejo do país subiram 1,3% em novembro ante outubro, mas o PIB teve inesperada queda de 0,1% no terceiro trimestre ante o anterior. O resultado ameaça jogar a economia britânica em recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de contração na atividade.
A Capital Economics prevê que essa situação se concretizará, embora a retração deva ser leve. “Independentemente de haver ou não uma pequena recessão, o panorama geral é que esperamos que o crescimento real do PIB permaneça fraco ao longo de 2024”, projeta.
Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,04%, a 7.697,51 pontos. Na Espanha, o PIB cresceu 0,3% no terceiro trimestre ante o anterior e 1,8% no confronto anual. Neste ambiente, o índice Ibex 35, de Madri, subiu 0,08%, a 10.111,90 pontos.
As varejistas de produtos esportivos tiveram destaque negativo, depois que a Nike reduziu as projeções para o próximo ano e alimentou temores sobre a demanda para o setor. Em Frankfurt, Adidas e Puma recuavam 5,26% e 7,18%, respectivamente, mas o DAX subiu 0,05%, a pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 0,26%, a 30.353,29 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 0,53%, a 6.422,27 pontos, na máxima do dia. Por outro lado, o CAC 40 caiu 0,03% em Paris, a 7.568,82 pontos.
Cotação do Ibovespa na quinta (21)
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (21) em alta de 1,05% a 132.182,01 pontos, nova máxima histórica.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo