O Ibovespa abriu a sessão desta terça-feira (16) em queda e ampliou a baixa durante o pregão. O índice fechou recuando 1,69%, aos 129.294,04 pontos, encerrando o dia no menor nível desde 12 de dezembro passado.
O petróleo fechou misto: Brent para março subiu 0,24% e o WTI cedeu 0,38%. A Petrobras acabou fechando em baixa, contribuindo para o recuo do Ibovespa hoje: os papéis ON (PETR3) perdeu 0,90%, a R$ 39,68, e Petrobras PN (PETR4) perdeu 0,91% a R$ 38,23.
Já a Vale (VALE3) recuou 1,30% a R$ 70,62, com as cotações do minério de ferro tendo fechado em direção mista nesta madrugada na China.
Os bancos também foram à lona nesta terça: Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,57%, Itaú (ITUB4) perdeu 1,41%, Bradesco (BBDC4) cedeu 0,88%, e o Santander (SANB11) teve a maior baixa: 1,75%.
Pão de Açúcar (PCAR3), que abriu em alta de 10%, caiu 4,89% a R$ 4,74. A Raízen (RAIZ4) teve baixa de 5,25%, a R$ 3,29. A Casas Bahia (BHIA3) também terminou no negativo: 4,875% a R$ 9,63.
Só uma ação fechou em alta no Ibov: a SLC Agrícola (SLCE3): 1,97%, a R$ 18,10.
Mercado em NY
As bolsas americanas abriram em queda nesta terça-feira, após não funcionarem na véspera, marcada pelo feriado de Dia de Martin Luther King.
As bolsas de Nova York terminaram o pregão desta terça-feira, 16, em queda, após o diretor do Federal Reserve (Fed) Christopher Waller afirmar que existe a possibilidade de haver três cortes de juros este ano, uma dosagem bem mais moderada que a precificada no mercado atualmente. As ações da Boeing voltaram a pesar sobre o Dow Jones com os padrões de qualidade de seus aviões na mira. O setor aéreo ficou ainda no radar após o bloqueio do negócio entre a JetBlue e a Spirit Airlines, cuja ação derreteu.
Confira o desempenho do mercado em NY no fechamento:
- Dow Jones: -0,62% a 37.360 pontos
- S&P500: -0,37% a 4.765 pontos
- Nasdaq: -0,19% a 14.944 pontos
No radar dos investidores
Após o feriado do Dia de Martin Luther King, as bolsas de Nova York voltam a operar nesta terça-feira. Por lá, os investidores devem ficar de olho no ex-presidente Donald Trump, que venceu as primeiras prévias do Partido Republicano para a disputa pela Casa Branca. Na noite de segunda-feira, ele obteve 51% dos votos em Iowa, estado que tem papel de protagonista na largada pela corrida presidencial.
Ainda no cenário internacional, Li Qiang, primeiro-ministro chinês, afirmou no Fórum Econômico Mundial que a economia da China avançou cerca de 5,2% em 2023, acima da meta oficial de 5%.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do dólar
O dólar fechou com alta de 1,22%, a R$ 4,9256.
O dólar começou esta terça-feira operando em alta no mercado nacional, somando a valorização dos rendimentos de Treasuries e da moeda americana ante demais rivais do Índice DXY e emergentes ligadas a commodities.
Bolsas asiáticas fecham em baixa
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, com perdas lideradas por Hong Kong e em meio a uma possível correção técnica no Japão após um recente rali.
Hoje, o Hang Seng teve queda de 2,16% em Hong Kong, a 15.865,92 pontos, pressionado pelo subíndice do setor imobiliário, que sofreu um tombo de 3,2% após resultados decepcionantes de vendas em 2023.
Em outras partes da Ásia, o Nikkei caiu 0,79% em Tóquio, a 35.619,18 pontos, numa provável correção técnica após o índice japonês acumular ganhos por seis pregões consecutivos e renovar máximas em quase 34 anos. O sul-coreano Kospi recuou 1,12% em Seul, a 2.497,59 pontos, e o Taiex apresentou baixa de 1,14% em Taiwan, a 17.346,87 pontos.
Na China continental, o índice Xangai Composto contrariou o viés negativo da região e subiu 0,27%, a 2.893,99 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto ficou praticamente estável, com perda marginal de 0,03%, a 1.743,02 pontos.
No fim da noite de hoje, serão divulgados números do Produto Interno Bruto (PIB) chinês referentes ao quarto trimestre de 2023, assim como dados mensais de produção industrial e vendas no varejo.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho, após fracas pesquisas locais sobre confiança do consumidor. O S&P/ASX 200 caiu 1,09% em Sydney, a 7.414,80, pontos, seu menor patamar desde 14 de dezembro.
Europa recua com menor expectativa por corte de juros
As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta terça-feira, ampliando perdas de ontem, à medida que investidores contiveram as expectativas para cortes de juros após recentes comentários de autoridades do Banco Central Europeu (BCE). Dados de inflação ao consumidor (CPI) da Alemanha e de desemprego e salários do Reino Unido também estão no radar.
Confira o desempenho dos índices por volta das 07h30:
Londres (FTSE100): -0,54% a 7.553 pontos
Frankfurt (DAX): -0,72% a 16.501 pontos
Paris (CAC 40): -0,58% a 7.368 pontos
Madrid (Ibex 35): -1,04% a 9.972 pontos
Europa (Stoxx 600): -0,56% a 4.429 pontos
A falta de apetite por risco domina a Europa desde ontem, quando dirigentes do BCE se mostraram cautelosos em relação a eventuais reduções de juros em 2024. Para Joachim Nagel, que também é presidente do BC alemão (Bundesbank), esse é um assunto que poderá começar a ser debatido apenas durante o verão europeu, que terá início em meados de junho. Robert Holzmann, chefe do BC austríaco, por sua vez, disse ser possível que o BCE sequer corte juros este ano. Ambos falaram em Davos, na Suíça, onde participam do Fórum Econômico Mundial.
Por outro lado, pesquisa do Reino Unido mostrou nova desaceleração no avanço dos salários e desemprego estável no trimestre até novembro, aumentando as chances de eventual relaxamento monetário por parte do Banco da Inglaterra (BoE), fator que derrubou a libra mais cedo. Já na Alemanha, foi confirmado que a inflação ao consumidor (CPI) acelerou no fim do ano passado.
Da agenda dos EUA, a continuidade da temporada de balanços é o que há de mais relevante hoje. Dois outros grandes bancos americanos – Goldman Sachs e Morgan Stanley – divulgam resultados trimestrais nas próximas horas.
Ibovespa na segunda-feira
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (15) em alta de 0,41%, aos 131.520 pontos.