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Ibovespa fecha em alta, mas acumula perdas na semana; Pão de Açúcar (PCAR3) e Magazine Luiza (MGLU3) sobem, e MRV (MRVE3) cai

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SNFF11. Foto: iStock

O Ibovespa fechou o pregão desta sexta (12) com alta de 0,26%, aos 130.987 pontos, mas encerra a semana acumulando perdas de 0,78%.

O petróleo fechou em alta de 1,14% (o Brent) e de 0,92% (o WTI), repercutindo o aumento da tensão no Mar Vermelho. Com isso, a Petrobras opera no positivo: Petrobras ON (PETR3), +1,24% a R$ 39,92 e Petrobras PN (PETR4), +1,29% a R$ 38,56.

A valorização forte do petróleo no exterior se junta à percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) começará a cortar o juro básico em março levam o Ibovespa de volta aos 131 mil pontos. O principal indicador da B3 só não avança mais por causa do recuo do minério de ferro, que impede as ações da Vale de avançar.

A Vale (VALE3) cai 0,51% a R$ 72,24, com o minério de ferro tendo quedas na casa dos 2% nesta madrugada na China.

Após transitar entre leve alta e baixa na faixa dos 130 mil pontos, o Índice Bovespa ganhou tração após a divulgação após a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA. O indicador caiu 0,1% em dezembro, na margem, ante previsão de alta 0,2%, registrando expansão anual de 1% (projeção era de alta de 1,4%). Em Nova York, as bolsas abriram no campo positivo.

“Veio abaixo do esperado e o mercado está apostando em um corte dos juros americanos em março. Neste sentido, entendemos”, avalia Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos. A questão, diz, é saber se esse movimento é racional ou exagerado. “Acreditamos que o ritmo dos cortes será gradual”, completa Takeo.

A maior alta é de Pão de Açúcar (PCAR3), +10,63% a R$ 4,06 Na ponta negativa, destaque para MRV (MRVE3), -1,67% a R$ 8,25. O Magazine Luiza (MGLU3) teve alta de 3,67%, a R$ 2,26.

Mercado em NY

As bolsas de Nova York abriram no positivo, após o índice de preços ao produtor apresentar variação de -0,10% em dezembro na base mensal, ante expectativa de alta de 0,10%.

Confira o desempenho do mercado em NY no fechamneto:

No radar dos investidores do Ibovespa

O mercado segue digerindos os dados de inflação divulgados ontem, que ficaram acima do consenso tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Já na agenda de indicadores de hoje, destaque para o índice de inflação ao produtor (PPI) norte-americano.

Também nos Estados Unidos, esta sexta-feira marca o início da temporada de balanços, com divulgações de resultados de JP Morgan, Citibank, Wells Fargo, Bank of America e outros.

Os investidores também devem monitorar de perto a escalada de tensão no Mar Vermelho. Por lá, os Estados Unidos coordenam ataques militares contra grupo iemenita Houthi, que tem ameaçado o tráfego de navios na região, prejudicando assim o escoamento do petróleo.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Cotação do dólar hoje

O dólar fechou com queda de 0,36%, cotado a R$ 4,8575.

O dólar hoje refletiu um ambiente externo cauteloso, mas com disparada dos preços do petróleo, que favorece moedas de países exportadores da commodity. A alta é gerada por tensões geopolíticas no Mar Vermelho. No exterior, predomina também um ambiente de cautela quanto à política monetária americana, em dia de início da safra de balanços nos EUA.

Bolsas asiáticas fecham em baixa

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira (12), em meio a preocupações renovadas sobre a tendência deflacionária na China. A exceção foi o mercado japonês, que driblou o mau humor da região e deu continuidade a um recente rali.

Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto caiu 0,16% hoje, a 2.881,98 pontos hoje, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto teve perda de 0,64%, a 1.749,42 pontos.

Dados oficiais mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI) da China recuou 0,3% na comparação anual de dezembro, em sua terceira queda consecutiva, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) registrou baixa de 2,7% no mesmo período, estendendo o declínio para o 15º mês seguido. Os números fracos de inflação ofuscaram o desempenho melhor do que o esperado das exportações chinesas no mês passado.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng cedeu 0,35% em Hong Kong, a 16.244,58 pontos; o sul-coreano Kospi caiu 0,60% em Seul, a 2.525,05 pontos, no oitavo pregão negativo seguido; e o Taiex apresentou modesta baixa de 0,19% em Taiwan, a 17.512,83 pontos.

Em Tóquio, por outro lado, o Nikkei estendeu o rali dos últimos dias, fechando no maior nível em quase 34 anos pelo quarto pregão consecutivo. O índice japonês avançou 1,50%, a 35.577,11 pontos, impulsionado por ações de conglomerados como Marubeni (+1,4%), Mitsui (+2,2%) e Mitsubishi (+1,8%). Na semana, o Nikkei acumulou robusto ganho de 6,6%.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no vermelho, acompanhando o tom predominante da Ásia. O S&P/ASX 200 recuou 0,10% em Sydney, a 7.498,30 pontos.

Europa avança de olho nos juros

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta sexta-feira, revertendo perdas do pregão anterior, em meio a uma melhora na perspectiva de cortes de juros na zona do euro. Destaque para a ação da Airbus, que subia após a divulgação de encomendas recordes.

Confira o desempenho dos índices por volta das 10h30:

Londres (FTSE100): +0,60% a 7.622 pontos
Frankfurt (DAX): +0,58% a 16.642 pontos
Paris (CAC 40): +0,63% a 7.434 pontos
Madrid (Ibex 35): +0,72% a 10.077 pontos
Europa (Stoxx 600): +0,51% a 4.465 pontos

Ontem, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que a “parte mais difícil” no combate à inflação provavelmente ficou para trás, e que os juros básicos começarão a ser cortados quando o BCE tiver certeza de que o ritmo de alta dos preços está retornando para a meta oficial de 2% ao ano, segundo a Reuters.

Entre as ações, a da Airbus subia 2,5% em Paris, após a maior fabricante de aviões do mundo anunciar que recebeu um número recorde de encomendas em 2023, mais do que dobrando o resultado do ano anterior.

Investidores na Europa também aguardam nas próximas horas o início da temporada de balanços corporativos dos EUA, com resultados de grandes bancos como JPMorgan e Citi. Também no radar estão dados da inflação ao produtor (PPI) dos EUA, um dia após os números do CPI pouco alterarem as expectativas para os juros americanos.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

Ibovespa na quinta-feira

O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (11) em queda de 0,15%, aos 130.648,75 pontos.

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