Ibovespa se recupera conectado a alívio externo, mas temores de guerra comercial persistem

O alívio nos mercados internacionais puxou a alta no Ibovespa nesta terça-feira (8), um dia após a terceira queda seguida, em meio a preocupações de que a guerra comercial provoque uma recessão mundial. Às 11h20, o índice de B3 subia 0,89%, aos 126.709,97 pontos, ante alta de 1,64%, na máxima aos 127.651,60 pontos, contra mínima de abertura em 125.588,09 pontos (variação zero).

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2025/04/1420x240-Banner-Home-1.png

Os investidores buscam pechinchas, mas sem tirar os olhos da guerra comercial. Na véspera, o Índice Bovespa caiu 1,31%, aos 125.588,09 pontos. A alta é vista como uma correção e não uma tendência, diante das elevadas incertezas com os efeitos do tarifaço americano no mundo.

Após cederem, os rendimentos dos Treasuries viraram para cima. Esse movimento é replicado parcialmente nos juros futuros, o que exerce influência negativa sobre algumas ações mais sensíveis ao ciclo econômico na B3. Já o dólar recua sutilmente, tendo a mínima alcançado R$ 5,8623.

“Corrige um pouco, seguindo o exterior. Mas está todo mundo esperando dar 13 horas, vai depender de como a China responderá”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2025/04/Lead-Magnet-1420x240-1.png

Ibovespa: o que movimenta o mercado nesta terça

As atenções seguem voltadas para China e Estados Unidos. O gigante asiático ameaçou novas retaliações, caso o presidente Donald Trump cumpra a promessa de seguir com a nova alíquota de 50% sobre as tarifas já previstas. Caso a China não retire a tarifa recíproca de 34% anunciada na semana passada, as sobretaxas comerciais podem chegar a 104%, incluindo os 20% aplicados em março pelos EUA por causa da exportação de fentanil.

Apesar da correção observada, que permite uma tênue recuperação das principais bolsas, os fatores que causaram o nervosismo permanecem presentes, o que não sugere consistência na melhora, adverte Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria. “Eventualmente, esse ápice das tensões comerciais leva parte do mercado a apostar que negociações devem começar a ocorrer a partir deste ponto”, completa em nota o economista sênior da Tendências.

Os investidores de olho no Ibovespa avaliam ainda o resultado do setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, à exceção de Petrobras e Eletrobras). Houve déficit primário de R$ 18,973 bilhões em fevereiro, informou o Banco Central.

Com Estadão Conteúdo

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Redação Suno Notícias

Compartilhe sua opinião