O Ibovespa fechou em alta de 0,10%, aos 132.833,95 pontos, nesta quarta-feira (3), após oscilar entre perdas e ganhos durante boa parte da sessão.
A ata do Federal Reserve, divulgada às 16h no horário de Brasília, não mudou a tendência positiva do índice – ao contrário das bolsas de Nova York, que fecharam no vermelho após os dirigentes do Fed reforçarem a postura de cautela e política monetária restritiva por mais algum tempo. Mas os membros do Federal Reserve (Fed) concordaram que o ciclo de aumento das taxas que começou em 2022 provavelmente chegou ao fim.
O petróleo, que operou com altas próximas a 3%, fechou com avanço de 3,11% (Brent) e 3,30% (WTI), beneficiando assim o desempenho da Petrobras. Petrobras ON (PETR3) sobe 3,79% a R$ 40,85, e Petrobras PN (PETR4) ganha 3,31% a R$ 39,03.
O minério de ferro fechou em alta nesta madrugada em Dalian e em Qingdao, na China. A Vale (VALE3), por sua vez, opera na contramão, com -0,47% a R$ 76,69.
A maior alta neste início de tarde é de Grupo Soma (SOMA3), com +5,03% a R$ 7,52. Na ponta negativa, o destaque fica com BRF (BRFS3), -4,91% a R$ 12,60.
O dólar fechou estável, com queda de 0,01%, cotado a R$ 4,9151, variando no pregão entre R$ 4,9233 e R$ 4,9410.
Mercado em NY
As bolsas de Nova York abriram em queda nesta quarta-feira, à espera da ata da mais recente reunião do Fomc.
Confira o desempenho do mercado em NY no fechamento:
- Dow Jones: -0,76% a 37.430 pontos
- S&P500: -0,80% a 4.704 pontos
- Nasdaq: -1,18% a 14.592 pontos
No radar dos investidores
O Ibovespa hoje deve repercutir a divulgação da ata da última reunião do Fomc, marcada para às 16h. O documento, referente à decisão de manter a taxa Fed Funds no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano, deve dar mais pistas sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos. Ainda no plano internacional, ao meio-dia será divulgado o relatório de emprego JOLTs, que também pode dar mais sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve.
No Brasil, os olhares devem seguir voltados para a aprovação do orçamento com vetos, mas com a manutenção da meta de zerar o déficit fiscal em 2024.
No noticiário corporativo, a Sequoia (SEQL3) segue em destaque, após os papéis da companhia dispararem 107,8% na véspera, em linha com a potencial combinação de negócios com o Grupo MOVE3.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Bolsas da Ásia fecham em baixa
As bolsas asiáticas, em sua maioria, fecharam a sessão de hoje (03) em queda. Os mercados da Coreia do Sul e de Taiwan, que reúnem ações de fornecedores da Apple, estiveram entre os destaques negativos, após a gigante tecnológica ter sido rebaixada pelo Barclays.
Em Noba York, a Apple teve um tombo de quase 4% ontem, após o Barclays rebaixar sua recomendação para underweight (abaixo da média do mercado). Nessa esteira, na Coreira do Sul, o índice Kospi teve expressiva queda de 2,34% hoje, a 2.607,31 pontos, interrompendo uma sequência de quatro pregões positivos. Sob o “efeito Apple”, Samsung Electronics, LG Corporation e SK Hynix caíram em torno de 3%. Já o índice Taiex cedeu 1,65% em Taiwan, a 17.559,31 pontos, pressionado por Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC, -2,53%) e Hon Hai, -0,48%, também conhecida como Foxconn.
Na China continental, o desempenho das bolsas foi misto nesta quarta: o Xangai Composto subiu 0,17%, a 2.967,25 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,61%, a 1.812,71 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa de 0,85%, a 16.646,41 pontos, arrastado por ações de tecnologia. No Japão, não houve negócios devido a um feriado.
Na Oceania, o mercado australiano acompanhou o tom negativo da Ásia e ficou no vermelho. O S&P/ASX 200 caiu 1,37% em Sydney, a 7523.20 pontos, com perdas generalizadas e lideradas pelo setor de tecnologia da informação (TI).
Bolsas da Europa fecham em queda
As bolsas europeias fecharam em baixa nesta quarta-feira, à medida que investidores se posicionavam para a ata do Federal Reserve (Fed), que será divulgada após o fechamento do pregão europeu e poderia indicar planos de cortes bem menos agressivos do que o mercado precificou na reta final de 2023.
Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,51% a 7.682,33 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em queda de 1,47%, a 16.522,43 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 1,66%, a 7.405,67 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 1,39%, a 30.100,84 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 1,23%, a 10.056,60 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 caiu 0,67%, a 6.410,99 pontos. As cotações são preliminares.
Os índices do Velho Continente acompanharam a deterioração do sentimento de risco em Nova York, que enquanto o mercado põe em xeque a possibilidade de cortes de juros pelo Fed em um horizonte próximo. Segundo o Citi, a ata desta quarta deve reforçar a mensagem dos integrantes do Fed de que os juros devem ficar altos por mais tempo, mas o banco duvida que “a ata seja tão convincentemente agressiva” nesse sentido.
De acordo com a analista de mercados do City Index, Fiona Cincotta, o mercado pode ter se adiantado quanto à intensidade de cortes, e a atenção dos investidores recaiu toda sobre isso em um dia de “agenda leve” na Europa.
Os índices recuaram em meio à baixa atratividade do setor de luxo europeu, depois que o UBS avisou para uma possível temporada de balanços com “lucros fracos”. O sub-índice do Stoxx 600, Luxury 10, recuou 2,65% hoje, puxado pelas perdas da gigante de luxo francesa LVMH, que caiu 3,65%.
Em Londres, o FTSE 100 completa 40 anos nesta quarta, em um dia de perdas sobretudo do setor de mineradoras, com Antofagasta (-3,51%), Glencore (-2,68%) e Anglo American (-5,33%) acumulando perdas enquanto os retornos dos Gilts de 10 anos continuam movimento de alta e sugam a atratividade das ações.
Cotação do Ibovespa na terça (02)
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (02) em queda de 1,11%, aos 132.696,63 pontos.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo