Os fortes golpes das declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na última semana, fizeram o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechar a última sexta-feira com uma queda de mais de 3%. No entanto, sem reações, o índice segue em baixa nesta segunda-feira (25).
Por volta das 10h20, o Ibovespa registrava uma leve queda de -0,4% ficando com apenas 93.363,90 pontos.
O mercado que esperava o índice fechar acima dos 100 mil pontos pela primeira vez, presenciou uma sequência de impactos na Bolsa, principalmente em relação reforma dos militares, prisão de Temer e o embate entre Bolsonaro e Maia.
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Nesta segunda, os principais assuntos que podem movimentar o Ibovespa são:
- Reforma da Previdência;
- Barragem da Vale.
Reforma da Previdência
A última semana foi fechada com o mercado cauteloso sobre a reforma da Previdência. As prisões do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco.
Além disso, o mercado segue de perto a troca de farpas entre Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro. Durante o final de semana, as tensões aumentaram após o presidente da república atacar a “velha política”, enquanto Maia acusava o governo de ser um deserto de ideias.
Maia fala sobre empenho e diálogo
No sábado (23), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que havia ameaçado sair da articulação política da reforma da Previdência, afirmou que vai trabalhar pela aprovação PEC. O deputado explicou que a partir desta segunda-feira (25) irá se empenhar para dar andamento a proposta do governo.
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De acordo com Maia, será levada adiante as articulações políticas necessárias para a aprovação da reforma da Previdência. Ele declarou que vai conversar com os integrantes do governo federal sobre a questão.
“Na próxima semana, a gente precisa voltar a trabalhar pela reforma da previdência. Eu, dentro da Câmara, junto com os partidos, com os deputados, e o presidente da República assumindo de forma definitiva o seu papel: a articulação em torno do governo”, afirmou Maia.
Além disso, o presidente da Câmara pediu para que seja mantido o diálogo entre Executivo e Legislativo afim de aprovar a reforma.
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“Nós precisamos manter o diálogo para mostrar para a sociedade que essa reforma [da Previdência] vem numa linha objetiva de reestruturar o sistema previdenciário de, principalmente, cobrar mais dos que ganham mais, uma alíquota maior, e menos dos que ganham menos, uma alíquota menor”, disse Rodrigo Maia.
Além das declarações de Maia em favor da reforma, o presidente Jair Bolsonaro também se movimentou pela proposta. No domingo (24), ele se reuniu com o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo, para tratar da articulação política para aprovação.
Barragem da Vale
Novamente a Vale atraiu os olhos do mercado. Dessa vez, uma barragem da mineradora que fica localizada em Barão de Cocais, em Minas Gerais, entrou em alerta máximo de risco de rompimento durante a última sexta-feira (22).
De acordo com a empresa, o nível de segurança da barragem sul superior da mina Gongo Soco subiu de 2 para 3. A Vale afirmou que a medida tomada é preventiva e foi decidida após um auditor informar que a barragem apresenta “condição crítica de estabilidade”.
Última cotação
Na última sexta-feira (22), a Bolsa sofreu um forte impacto devido a cautela do mercado em relação a reforma da Previdência. Durante a sessão, o o índice sofreu fortes golpes, principalmente após declarações de Rodrigo Maia sobre a articulação política da proposta. Na sessão, o recuo foi de 3,1% e o Ibovespa ficou em 93.735,15 pontos.
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