O Ibovespa amplia ganhos e sobe 1,13% aos 114.276 pontos no pregão desta quarta-feira (25), com a Via (VIIA3) ficando entre as maiores quedas do índice, após um pregão negativo para as varejistas na véspera.
A Weg (WEGE3) sobe 4% e lidera altas. Entre as ações no negativo estão a Suzano (SUZB3), que recua 1,8%, e a Natura (NTCO3), com baixa de 1,7%.
Além disso, o Ibovespa hoje lida com queda de 1% no S&P e de 0,8% no Dow Jones.
Na Europa, as bolsas também operam em retração, com 0,4% em Londres (FTSE) e 0,3% na Alemanha (DAX).
No radar de indicadores, os dados de inflação do Reino Unido vieram piores do que o esperado, ao passo que o mercado segue no aguardo dos números dos Estoques de Petróleo Bruto dos EUA, que saem às 12h30.
O petróleo Brent sobe 0,17% a US$ 86 por barril, ao passo que o minério de ferro segue sem negociações por conta do feriado de ano novo lunar na Ásia.
O dólar comercial cai 0,5% a R$ 5,116.
Notícias que movimentam a Bolsa de Valores Hoje
- Petrobras (PETR4): Nome de Jean Paul Prates irá a votação nesta quinta
- Americanas (AMER3) deve mais de R$ 27 bilhões para bancos
- BTG vê baque na Vibra com rompimento de parceria da Americanas
Petrobras votará nome de presidente
O Conselho de Administração da Petrobras (PETR4) se reúne nesta quinta-feira (26) para votar a aprovação do senador Jean Paul Prates para a presidência da estatal.
O nome de Prates foi aprovado para figurar como presidente da Petrobras pelo Comitê de Pessoas (Cope) da empresa na terça-feira (24), segundo fontes próximas ao assunto.
Com isso, o processo deve ser acelerado e Prates assumiria o comando nos próximos dias, e possivelmente deve aguardar a realização da Assembleia Geral Ordinária (AGO) de abril, já marcada, para ser efetivado, em vez de convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE).
A expectativa é de que a nova diretoria, que será indicada pelo senador, comece logo a ser avaliada pelo mesmo processo de elegibilidade pelo qual Prates passou, o que levará também alguns dias.
Prates está no Rio de Janeiro desde a última quinta-feira (19), e tem feito uma série de reuniões, dentro e fora da empresa, para conhecer a real situação da companhia.
Credores da Americanas
A Americanas (AMER3) entregou à 4º Vara Empresarial do Rio de Janeiro a sua lista de credores como mais uma parte do processo de recuperação judicial. Apenas com bancos, a dívida ultrapassa a casa dos R$ 27 bilhões, segundo a relação apresentada nesta quarta (25).
O Deustche Bank é o maior credor da Americanas, com uma dívida de R$ 5,2 bilhões — US$ 1 bilhão na moeda original. Os débitos com as instituições financeiras nacionais são os seguintes, em valores aproximados:
- Bradesco (BBDC4): R$ 4,8 bilhões;
- Santander Brasil (SANB11): R$ 3,6 bilhões;
- BTG Pactual (BPAC11): R$ 3,5 bilhões;
- BV (Votorantim): R$ 3,3 bilhões;
- Itaú Unibanco (ITUB4): R$ 2,9 bilhões;
- Safra: R$ 2,5 bilhões;
- Banco do Brasil (BBAS3): R$ 1,3 bilhão;
- Daycoval: R$ 509 milhões;
- Caixa Econômica Federal: R$ 501 milhões;
- Banco ABC Brasil: R$ 415,6 milhões;
- BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: R$ 276 milhões
- Banco da Amazônia (BAZA3): R$ 103 milhões;
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, a lista apresentada ainda não deve ser a definitiva e podem haver alterações ao longo dos dias em torno de 20% desses dados, tendo em vista que a companhia não estava preparada para um processo de recuperação judicial e que as informações ainda estão sendo coletadas.
Rompimento da Vibra com Americanas
O BTG Pactual (BPAC11) enxerga um baque na operação da Vibra Energia (VBBR3) por causa do término da Vem Conveniência, a joint venture que a empresa tinha com a Americanas (AMER3). Contudo, mesmo com essa análise negativa, os analistas do banco de André Esteves mantêm a recomendação de compra do papel da companhia focada em combustíveis e energia.
Em relatório publicado nesta terça (24), os especialistas Thiago Duarte e Pedro Soares dizem que o encerramento da Vem “representa claramente um revés no desenvolvimento” da oportunidade de expansão das operações da Vibra.
“Há muito tempo argumentamos que o plano de parceria com uma operadora de varejo [Americanas] para desenvolver oportunidades não relacionadas ao combustível era uma maneira inteligente de a Vibra gerar valor”, destaca o banco.
Entretanto, o time do BTG Pactual acredita que a empresa de energia provavelmente continuará operando sob o modelo de franqueados até a revelação do novo plano de negócios e que o impacto será pontual.
Maiores altas do Ibovespa
- CMIN3: +3,2%
- WEGE3: +2,7%
- ALPA4: +2%
- FLRY3: +1,9%
- ENGI11: +1,6%
Maiores baixas do Ibovespa
- RRRP3: -3,2%
- VIIA3: -3,2%
- NTCO3: -3%
- RDOR3: -3%
- TOTS3: -2,7%
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão da terça-feira (24) em alta de 1,16%, a 113.028 pontos.