Após meses de lado, o Ibovespa deslanchou e saltou para cima dos 130 mil pontos. Com a nova arrancada, otimistas passaram a debater a possibilidade do principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) ultrapassar a marca de 200 mil pontos no próximo ano. Segundo a XP, o cenário permanece construtivo, porém a projeção tem probabilidade baixa e é difícil de imaginar.
No último domingo (13), o estrategista chefe e head de research da corretora, Fernando Ferreira, publicou em sua coluna uma análise sobre o cenário de um Ibovespa a 200 mil pontos.
Para que a estimativa se concretize, o analista listou dois fatores necessários. O primeiro, a expectativas de lucro mais robustas para 2022. O mercado em geral espera lucros estáveis para o próximo ano em relação a este, devido à expectativa de uma estabilização de preços de commodities e uma taxa de câmbio média mais baixa do que a atual.
O segundo ponto reside em um re-rating de múltiplos. A Bolsa deveria, portanto, ser negociada a múltiplos de Preço/Lucro mais elevados. Maior visibilidade no ciclo atual, taxas de juros de longo prazo mais baixas e continuação do fluxo de investidores estrangeiros ajudariam, avaliou Fernando Ferreira.
“Fizemos um exercício com base nos números de 2022, e caso o Lucro por Ação da Bolsa suba +15% em 2022 (ao invés de estável) e o P/L da Bolsa suba para 13x (vs. atual em 10,8x), a Bolsa poderia assim chegar nos 200,000 pontos,” escreveu o analista.
Ainda assim, o cenário pareceu pouco provável ao head de research da XP. “2022 deve ser um ano volátil, por conta das eleições, portanto ainda é difícil de imaginar um cenário que a Bolsa fique mais cara em 2022 em relação à média histórica.”
XP projeta Ibovespa a 145 mil pontos ao final de 2021
Apesar de avaliar como improvável um cenário de Ibovespa a 200 mil pontos em algum momento do próximo ano, a XP seguiu com uma visão construtiva para as ações brasileiras. O target para o Ibovespa para o final de 2021 é de 145 mil pontos.
“Ainda é cedo e prematuro para estimar voos mais altos para o Ibovespa nos próximos 12 meses rumo aos 200.000 pontos. Mas cada passo de cada vez, o cenário permanece construtivo e seguimos otimistas com a Bolsa brasileira.”
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