Contrariando o índice futuro, o Ibovespa abriu em alta nesta sexta-feira (8), rompendo a marca de 123 mil pontos e renovando a máxima histórica. O rali do preço das commodities segue puxando os papéis do maior índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
Por volta das 10h25, o Ibovespa avançava 0,71%, a 123.257 pontos. Os investidores também observam com bons olhos o cenário norte-americano. O número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caiu e veio abaixo do esperado, mesmo em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
No front político, chama atenção do mercado o primeiro discurso de Donald Trump acerca da transferência do poder para Joe Biden, presidente eleito nos Estados Unidos em novembro. O processo ocorrerá no dia 20 de janeiro, e o atual mandatário afirmou que ocorrerá de forma “ordenada”.
Trump publicou um vídeo onde diz que os invasores do Capitólio agiram de forma “ilegal”, gerando um caos na capital norte-americana — ao menos cinco pessoas foram mortas e mais de 50 foram detidas. A vitória de Biden, sobretudo por conta do domínio democrata no Congresso, levanta a possibilidade de novos pacotes de estímulos financeiros, o que agrada o mercado.
Por aqui as atenções foram voltadas à produção industrial de novembro, que avançou 1,2% — a expectativa de especialistas, segundo a Reuters, era de um avanço de 1,3%. No entanto, esse é o sétimo mês consecutivo de alta, e o setor já está 2,6% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro.
Somado ao crescimento de maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro, a produção industrial acumula alta de 40,7%, o que elimina a perda de 27,1% entre março e abril, meses em que a indústria atingiu o nível mais baixo da série histórica, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mercado de commodities, o barril de petróleo Brent opera em forte alta no mercado futuro, com avanço de 1,64%, a US$ 55,33. O minério de ferro voltou a subir na Bolsa de Dalian, na China, cotado a 1.067,50 iuanes por tonelada, equivalente a US$ 165,14.
O avanço do minério impulsionou as ações da Vale (VALE3), que encerraram o pregão da última quinta-feira cotadas a R$ 102,32, uma nova máxima histórica. Só neste mês, em quatro pregões, os papéis já subiram 17%. Vale lembrar que a mineradora corresponde a cerca de 12% do Ibovespa.
O otimismo dos investidores também fica por conta da vacina Coronavac. Ontem, o Instituto Butantan, de São Paulo, anunciou que o imunizante tem eficácia de 78% nos estudos conduzidos pela instituição no País, acima da taxa mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e as maiores baixas entre as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h40:
- Ultrapar (UGPA3): +3,41%
- CCR (CCRO3): +3,01%
- EcoRodovias (ECOR3): +2,86%
- Azul (AZUL4): +2,77%
- Bradespar (BRAP4): -1,07%
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4): -1,15%
- CSN (CSNA3): -1,79%
- Vale (VALE3): -2,28%
Mercados internacionais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,32%
- Londres (FTSE 100): -0,15%
- Frankfurt (DAX 30): +0,68%
- Paris (CAC 40): +0,42%
- Milão (FTSE/MIB): +0,32%
- Hong Kong (Hang Seng): +1,20% (fechada)
- Xangai (SSE Composite):-0,17% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +2,36% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
Da mesma forma que o Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quinta-feira com uma alta de 2,76%, a 122.385,92 pontos.
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