Ibovespa em queda sem novidades da reforma e tensões no exterior
O Ibovespa volta a operar em queda nesta sexta-feira (10) seguindo o mesmo ritmo do último pregão. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo é afetado com as tensões externas entre China e Estados Unidos e os resultados financeiros das empresas.
Por volta das 10h20, o Ibovespa registrava uma queda de -0,21% ficando em 94.609,92 pontos. O cenário externo segue impactando diretamente o índice, principalmente por conta das negociações comerciais entre China e Estados Unidos, onde o presidente norte-americano, Donald Trump, declarou que o aumento tarifário será aplicado nesta sexta-feira.
Além disso, na onda dos balanços financeiros das empresas, o mercado observa o prejuízo bilionário da Vale no primeiro trimestre deste ano, devido ao rompimento da barragem de Brumadinho (MG).
Tensões externas
Entra em vigor, nesta sexta-feira (10), o aumento nas tarifas sobre US$ 200 bilhões em importações chinesas. O aumento segue a risca o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no último domingo (5), afirmando que as taxas de imposto seriam elevadas de 10% à 25%.
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Na última quinta-feira (9) a China e os EUA retornaram as negociações, no entanto, o país oriental não conseguiu impedir a medida de aumento das tarifas.
De acordo com comunicado, a China informou que pretende retaliar, mas não especificou como retaliaria. O Ministério do Comércio chinês lamentou a medida de Trump, mas acredita que os dois países podem resolver a guerra comercial, tendo em vista que uma nova rodada de negociação está programada para esta sexta-feira.
Balanços financeiros
Sabesp (SBSP3): a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) registrou um lucro líquido de R$ 647,3 milhões durante o primeiro trimestre de 2019. O valor representa uma alta de 11,5% em comparação ao mesmo período do ano passado.
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Os papéis da Sabesp registravam queda às 10h30. Com recuo de -1,42% estavam avaliadas em R$ 47,12.
Lojas Americanas (LAME3): as Lojas Americanas registraram um prejuízo de R$ 53,5 milhões no primeiro trimestre de 2019. De acordo com a empresa, os resultados foram influenciados pela Páscoa. Isso porque o feriado neste ano não ocorreu no primeiro trimestre. Sendo assim, a alta nas vendas vai influenciar apenas nos balanços do segundo trimestre de 2019.
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Por volta das 10h25, as ações da Lojas Americanas recuavam 2,52% sendo cotadas a R$ 12,76.
Suzano Papel e Celulose (SUZB3): a Suzano registrou um prejuízo de R$ 1,23 bilhões no primeiro trimestre de 2019. Com isso, o resultado reverte o lucro que a empresa teve no mesmo período de 2018. Nesse caso, o registrado foi um lucro líquido de R$ 813 milhões.
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Às 10,27, os papéis da Suzano caiam 4,23% e eram negociadas a R$ 42,29.
Vale (VALE3): a Vale encerrou o primeiro trimestre com um prejuízo de R$ 6,4 bilhões. O desempenho negativo é o reflexo da tragédia de Brumadinho, que ocorreu no dia 25 de janeiro deste ano.
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Por volta das 10h30, as ações da Vale registravam uma alta de 0,35% e valiam R$ 48,71.
Última cotação
Na última sessão, na quinta-feira (8), o Ibovespa registrou uma queda de -0,83% ficando com 94.807,85 pontos.