Após três alta seguidas e um revés na última sessão, o Ibovespa inicia esta manhã operando em alta. O principal motivo é a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para apresentar a reforma da Previdência aos deputados.
Após a insegurança do mercado em relação a reforma, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo volta a operar em alta em um cenário mais positivo para a tramitação da proposta. Por volta das 10h30, o Ibovespa operava em um crescimento de 0,79% somando 96.138,50 pontos.
Além disso, as declarações do presidente Jair Bolsonaro de abrir diálogo com Rodrigo Maia, com quem trocou farpas nas últimas semanas, dá uma luz ao mercado por conta de um possível acordo entre os líderes em prol da reforma.
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Principais assuntos que devem movimentar o mercado nesta quarta:
- Guedes na CCJ apresentando a reforma;
- Petrobras, Braskem e Rumo.
Guedes na CCJ apresentando a reforma
Nesta quarta-feira (3), o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve ir à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para apresentar a proposta da reforma da Previdência.
Após quatro dias em Israel, fazendo uma visita oficial, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que irá “jogar pesado” na Previdência.
Além disso, o presidente afirmou que “é soberano para fazer as alterações”, e de que está disposto a conversar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Possíveis alterações
Na última terça-feira (2), Maia afirmou que a Casa não deverá aprovar as mudanças no benefício pago aos idosos de baixa renda (BCP) e na aposentadoria rural. Além disso, ainda afirmou que são poucas as chances de um sistema de capitalização tramitar sem que tenham pontos alterados.
Saiba mais: Maia: sistema de capitalização da Previdência não será aprovado
A proposta de capitalização foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O governo tenta regulamentar por lei complementar o texto que não terá nenhum encargo trabalhista ou contribuição patronal, por pelo menos 20 anos.
De acordo com Guedes, tal proposta, caso aceita, daria grande empregabilidade, principalmente para jovens de 16 e 17 anos.
O ministro defende que seja feita aprovação integral da proposta da reforma, mas até mesmo o presidente Jair Bolsonaro entende a dificuldade do texto passar integralmente.
Segundo o presidente, a “Previdência é um marco. Se der certo, a gente tem tudo para fazer o Brasil decolar. O Parlamento é soberano para fazer polimentos, tirar alguma coisa. Eu gostaria que passasse como chegou, mas nós sabemos que vai ter mudanças. Não existe projeto que não tem mudança, é coisa rara isso, ainda mais num projeto amplo como o da Previdência”.
O presidente não respondeu nada sobre a possível retirada da capitalização da emenda, ou então as mudanças sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da previdência rural. Mas afirmou que a “boa previdência é aquela que passa”.
A expectativa desde o final de semana era a de que Bolsonaro e Maia se reunissem, após a troca de farpas. No entanto, até o início desta manhã não constava nenhum encontro entre as partes em suas agendas oficiais.
Saiba mais: Dólar em queda; Guedes na CCJ e EUA x China movimentam o mercado
Petrobras, Braskem e Rumo
Petrobras: A estatal já teria três grupos interessado na compra da Transportadora Associada de Gás (TAG). De acordo com o “Estado de S. Paulo”, competiram no leilão:
- Engie;
- Fundo Mubadala;
- Consórcio capitaneado pela Itaúsa.
No entanto, a expectativa é de que o resultado saia até final desta semana.
Braskem: o Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública de Alagoas moveu uma ação que pede o bloqueio de R$ 6,7 bilhões dos recursos da Braskem, devido ao afundamento do solo em bairros próximos a área de mineração de sal-gema, em Maceió.
De acordo com o “Valor”, o pedido antecipado de bloqueio aconteceu por conta das negociações da Odebrecht, que controla a petroquímica, e a holandesa LyondellBasell, que deve comprar a Braskem.
Rumo: a empresa venceu no Tribunal de Contas da União (TCU) a análise técnica sobre a renovação antecipada do contrato da Malha Paulista e também a assinatura de um termo aditivo. De acordo com o “Valor”, a expectativa é de que a renovação possa liberar mais de R$ 7 bilhões em investimentos em troca de 30 anos de concessão.
A Malha Paulista liga o interior de São Paulo ao Porto de Santos.
Última cotação
Na última sessão, terça-feira (2), o Ibovespa registrou uma queda de 0,7% ficando com apenas 95.386,76 pontos.