O setor de serviços no Brasil cresceu 0,3% no mês de abril em comparação com o mês anterior. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, essa é a primeira alta do volume de serviços em 2019. Entretanto, é o pior resultado registrado para meses de abril desde 2016. Em comparação com abril do último ano, o recuo foi de 0,7%.
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Nos quatro primeiros meses deste ano, o crescimento do setor foi de 0,6%.
Atividades em crescimento
De acordo com o IBGE, os serviços de comunicação e informação aumentaram 0,7% no mês de abril. Esse crescimento recuperou parte da perda de 1,8% registrada no mês anterior. A atividade corresponde a 33% do volume total do setor.
“O que puxou o resultado foi informação e comunicação, que é o que mais pesa, com 33%. Houve um aumento de TV aberta e de empresas de TI”, afirmou Rodrigo Lobo sobre o crescimento da atividade.
O instituto também divulgou que os shows e espetáculos realizados no mês de abril contribuíram para o crescimento. O Lollapalooza Brasil, em São Paulo, e o Cirque du Soleil, no Rio de Janeiro, foram os principais eventos do mês.
Os serviços de hospedagem, alimentação e gestão de espaços para eventos aumentaram 0,1%. A produção industrial apresentou alta, porém o aumento de 0,3% está abaixo do esperado.
Categorias em queda
No entanto, os transportes, serviços auxiliares e correio apresentaram queda de 0,6%. A queda na receita das empresas de transporte aéreo influenciou no decréscimo.
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Outra causa do recuo foi a diminuição do volume dos transportes de carga.
“O recuo no volume dos transportes de carga reflete a queda na produção industrial. Quanto menos bens produzidos, menos carga para transportar. No caso dos transportes de passageiros, a inflação também é parcialmente responsável pela redução”, afirmou Rodrigo Lobo.
Confira a variação do volume de serviços no mês de abril:
- Serviços prestados às famílias: 0,1%
- Serviços de alojamento e alimentação: -0,8%
- Outros serviços prestados às famílias: 4,7%
- Serviços de informação e comunicação: 0,7%
- Serviços de tecnologia da informação e comunicação: -0,1%
- Telecomunicações: 0,1%
- Serviços de tecnologia da informação: 0,2%
- Serviços audiovisuais: 1%
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: 0,2%
- Serviços técnico-profissionais: 0,4%
- Serviços administrativos e complementares: 1,9%
- Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: -0,6%
- Transporte terrestre: -1%
- Transporte aquaviário: 0,9%
- Transporte aéreo: -9,9%
- Outros serviços: -0,7%
“Não dá para dizer que estamos num início de recuperação ou de uma nova tendência. A variação de 0,3% não elimina a perda dos demais meses”, ressaltou o gerente da pesquisa do IBGE.