A taxa de desemprego no Brasil foi de 12,3% em 2018. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Em comparação anual, a taxa de desemprego em 2017 tinha sido de 12,7%. Essa foi a primeira queda do índice das pessoas sem emprego em três anos. As informações foram divulgadas pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Aumento da informalidade
Essa queda do desemprego, segundo quanto informado pelo IBGE, teria sido puxada pelo crescimento do trabalho informal ou por conta própria.
Condição de ocupação dos trabalhadores brasileiros em dezembro de 2018:
- 67,14% eram empregados
- 35,47% tinham carteira assinada
- 25,64% eram por conta própria
- 12,41% não tinham carteira assinada
- 6,74% eram empregados domésticos
- 4,87% eram empregadores
- 2,33% eram trabalhador familiar auxiliar
Segundo o IBGE, o número de trabalhadores sem carteira assinada cresceu 3,8%. O aumento foi de 427 mil pessoas no 4º trimestre de 2018, na comparação com o ano anterior. Por sua vez, o número de trabalhadores por conta própria subiu 2,8%, um aumento de 650 mil pessoas, em 1 ano. Por sua vez, o número de trabalhadores com carteira assinada caiu 1%. Uma redução de 324 mil pessoas.
O aumento da informalidade levou a um aumento nas atividades de serviços domésticos, comércio, alimentação, transporte e outros serviços.
Segundo o IBGE, no terceiro trimestre de 2018 (de outubro até dezembro) a taxa de desemprego no Brasil foi de 11,6%.
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A taxa do terceiro trimestre representa uma estabilidade em relação ao trimestre encerrado em novembro. Além disso, mostra um recuo de 2,4% em relação ao trimestre anterior, quando a porcentagem de pessoa sem trabalho foi de 11,9%. Segundo o IBGE, essa redução foi impulsionada pelas eleições, pelo black friday e pelo aumento das vagas temporárias no final do ano.
Aumento da população subutilizada
O IBGE também informou que a população subutilizada na força de trabalho, chegou a 27,4 milhões em 2018. Uma contração de 344 mil pessoas em comparação com o trimestre imediatamente anterior. Entretanto, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado esse contingente cresceu 2,1%. Um aumento de 560 mil pessoas. Esse grupo é composto por pessoas que poderiam trabalhar mais horas do que fazem atualmente.
Segundo o IBGE, o desemprego atinge atualmente 12,2 milhões de brasileiros.