O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou uma queda de 0,13% no segundo trimestre. O índice é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).
O recuo do IBC-Br do ano segue a contração de 0,2% do PIB no primeiro trimestre de 2019. Isso indica a possibilidade de uma recessão técnica da economia brasileira. Tecnicamente, dois trimestres seguidos de queda na atividade econômica configuram uma recessão técnica.
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Os dados do IBC-Br foram divulgados nesta segunda-feira (12) pelo Banco Central. Em relação ao mesmo segundo trimestre de 2018, foi registrado um aumento de 0,85%.
Leve melhora em julho
Em junho, o IBC-Br registrou uma alta de 0,30% na série com ajuste sazonal. O dado de maio foi revisado, e foi registrado um aumento de 1,10%. Essa foi a segunda alta registrada no índice durante o governo de Jair Bolsonaro. Um aumento que permaneceu dentro da previsão dos analistas do mercado financeiro.
Na comparação entre os meses de junho de 2019 e junho de 2018, foi registrada uma queda baixa de 1,75% na série sem ajustes sazonais.
O resultado foi de alta de 0,62% na série sem ajustes sazonais no acumulado do primeiro semestre e de 1,08% nos 12 meses encerrados em junho. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2019 é de um avanço de 0,8%.
No ano passado, o PIB brasileiro registrou uma expansão de 1,1%, repetindo o avanço de 2017. Um desempenho decepcionante diante das expectativas do começo do ano.
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Para este ano, o mercado financeiro estima uma expansão do PIB de cerca de 0,81%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda.
O que é o IBC-Br
O IBC-Br é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cálculo do IBC-Br, porém, é um pouco diferente. O indicador do Banco Central incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Os resultados do indicador nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.