O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 5,9% em março, em comparação a fevereiro, com ajuste sazonal. A informação foi divulgada pelo BC nesta sexta-feira (15).
Na relação anual, o IBC-Br recuou 1,52%, enquanto especialistas previam uma queda de 2,4% nesta mesma base comparativa. Em fevereiro, o indicador havia subido 0,35% na comparação mensal, enquanto na relação anual a alta era de 0,6%.
Já na comparação trimestral, o índice apresentou uma queda acumulada de 1,95%. Na base anual, uma retração de 0,28%. A economia brasileira demonstra seus primeiros impactos sofridos pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a nova doença uma pandemia, em 11 de março, estados e municípios passaram a implementar medidas de distanciamento social, com o intuito de mitigar a disseminação do vírus.
IBC-Br e a economia brasileira
Por mais que seja entendido como uma amostra mensal do PIB, o IBC-Br possui uma metodologia de cálculo diferente das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma vez que é revisado constantemente, mostra-se mais estável que a leitura mensal.
O indicador é uma métrica de avaliação da evolução mensal da atividade econômica brasileira, ajudando a autoridade monetária central do país a tomar decisões quanto à taxa de juros básica da economia (Selic), por exemplo. Já o PIB mostra um quadro mais amplo da economia.
Para o PIB, os especialistas do mercado financeiro esperam uma queda de 4,11% neste ano, segundo o último Boletim Focus. Na semana passada, a estimativa era de uma retração de 3,76%.
O IBC-Br engloba informações sobre o grau de atividade de diferentes setores da economia:
- Indústria
- Comércio
- Serviços
- Agropecuária
- Volume de impostos
O IBC-Br foi criado pela instituição monetária central para apresentar, mensalmente, a tendência de evolução da economia. O PIB, trimestral, tem sua próxima divulgação prevista para o dia 29 de maio. O indicador cresceu 0,5% no último trimestre de 2019 ante os três meses anteriores. No último ano, a alta foi de 1,1% em relação a 2018.