IBC-Br, considerado uma ‘prévia do PIB’, cai 0,06% em outubro, abaixo das expectativas
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de agosto registrou uma queda de 0,06% em outubro ante setembro. O dado divulgado pelo BC nesta quarta-feira (20) veio abaixo das expectativas de recuo de 0,20%.
No mês anterior, confome dado atualizado, a queda do indicador havia sido de 0,05%.
De setembro para outubro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 146,26 pontos para 146,17 pontos na série dessazonalizada. O resultado é o pior desde janeiro deste ano, quando o indicador pontuou 143,51.
Já na comparação entre os meses de outubro de 2023 e de 2022, houve crescimento de 1,54% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 145,65 pontos no décimo mês do ano, o melhor desempenho para o mês desde 2014, quando ficou em 149,70 pontos.
O indicador de outubro ante o mesmo mês de 2022 ficou abaixo da mediana de 1,65% da pesquisa do Projeções Broadcast. As expectativas coletadas no levantamento variavam de baixa de 0,20% a elevação de 2,50%.
Revisões
O Banco Central revisou dados do IBC-Br na margem, na série com ajuste. O resultado de setembro passou de -0,06% para -0,05%, enquanto o indicador de agosto passou de -0,81% para -0,71%. Em relação a julho, passou de +0,41% para +0,35%. O resultado de junho passou de +0,24% para +0,31%, enquanto o de maio mudou de -1,96% para -1,39%. Já o IBC-Br de abril foi atualizado de +1,11% para +1,03%.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2023 é de crescimento de 2,9%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. Já a equipe econômica projeta expansão de 3,0%.
IBC-Br do Banco Central
Com um cálculo diferente de demais indicadores nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o BC adota uma metodologia específica de frequência mensal para o IBC-Br, para um acompanhamento mais constante dos movimentos da atividade econômica do país. O Produto Interno Bruto (PIB), por sua vez, adota uma frequência trimestral, com um quadro mais abrangente da economia.
(Com Estadão Conteúdo)