O Produto Interno Bruto (PIB) teve uma retração de 0,68% no primeiro trimestre de 2019. Os dados foram indicados pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) nesta quarta-feira (15). Assim, o indicador divulgado pelo Banco Central funciona como uma “prévia do PIB”.
O recuo no crescimento da economia brasileira foi verificado entre janeiro e março de 2019 na comparação com o último trimestre de 2018. Contudo, se o período comparativo for com os primeiros três meses do ano anterior, o índice aponta um crescimento de 0,23%. No mesmo sentido, nos últimos doze meses também houve um aumento de 1,05%, de acordo com o IBC-Br.
Se a retração da economia for confirmada pela divulgação oficial do PIB, a queda será a primeira desde o final de 2016. Nessa época, o PIB caiu 0,6%, de acordo com o IBGE.
Saiba Mais: Guedes diminui previsão de crescimento do PIB de 2019 para 1,5%
Copom e Guedes
A possibilidade de retração da economia foi registrada em ata do Copom divulgada na terça-feira (14). “Indicadores disponíveis sugerem probabilidade relevante de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, após considerados os padrões sazonais”, afirmou o Comitê de Política Monetária.
Saiba Mais: Em ata Copom afirma que economia brasileira avança abaixo do esperado
De acordo com o órgão, a economia avança aquém do esperado. “O Copom julga importante observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo. Livre dos efeitos remanescente dos diversos choque a que foi submetido no ano passado. Em especial, com a redução do grau de incerteza a que a economia brasileira continua exposta”, afirma o texto.
Saiba Mais: Itaú piora estimativa para PIB em 2019 e 2020
No mesmo sentido, o ministro Paulo Guedes afirmou também na terça-feira que a economia está “no fundo do poço”. O economista também reduziu a expectativa de crescimento do Brasil em 2019. Sendo assim, a previsão do PIB para este ano passa a ser então de 1,5%.
Itaú e Bradesco
No mesmo sentido, o Itaú e o Bradesco também pioraram a estimativa do PIB para 2019 e também 2020. De uma estimativa de expansão de 1,3% passou para 1%, segundo o Itaú.
Do mesmo modo, o Bradesco também diminuiu a previsão de crescimento do PIB de 2019 de 1,9% para 1,1%. Já a estimativa do Boletim Focus é de um expansão de 1,45% na economia neste ano após reduzir as expectativas pela 11ª vez.
O que é o IBC-Br
O IBC-Br é considerado como um resultado prévio do Produto Interno Bruto. Assim, no ano passado, o PIB brasileiro registrou uma expansão de 1,1%. Um desempenho decepcionante diante das expectativas do começo do ano, que repetiu o avanço registrado em 2017.
O IBC-Br, do Banco Central, é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Contudo, o cálculo do IBC-Br, é um pouco diferente do usado no PIB.
Isso porque o IBC-Br incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Os resultados do indicador nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.