O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), prévia mensal do Produto Interno Bruto (PIB), recuou 1,59% em março ante fevereiro, impactado pela segunda onda da pandemia no Brasil. O resultado, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (13), interrompe uma série de 10 meses de consecutivos de recuperação.
Em fevereiro, o IBC-Br havia avançado 1,89%, em uma versão revisada do dado. Os efeitos do coronavírus sobre a economia, percebidos em fevereiro do ano passado, se intensificaram em todo o mundo a partir de março daquele ano.
Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril de 2020. Após este período, o IBC-Br passou a reagir, até que a segunda onda provocasse, no início de 2021, novos fechamentos de empresas.
De fevereiro para março de 2021, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 142,43 pontos para 140,16 pontos na série dessazonalizada. Este é o menor patamar desde janeiro deste ano (139,79 pontos). Na comparação entre os meses de março de 2021 e março de 2020, houve alta de 6,26% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 145,24 pontos em março.
Resultado trimestral do IBC-Br é positivo
Mesmo com a influência e as consequências da segunda onda da pandemia, o IBC-Br acumulou alta de 2,27% no primeiro trimestre deste ano. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais, segundo o BC nesta quinta.
Pela mesma série, o indicador apresenta baixa de 3,37% nos 12 meses encerrados em março. O resultado dos três primeiros meses deste ano ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas ouvidos pelo Broadcast, que esperavam resultado entre recuo de 1,90% e crescimento de 3,20%. A mediana era de um avanço de 2,10%.
Diferentemente do PIB, que é divulgado trimestralmente pelo Instituto Brasilero de Geografia e Estatística (IBGE), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica neste ano é de alta de 3,6%.
Com informações do Estadão Conteúdo.