O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (13) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 1,29% em setembro ante agosto, em seu quinto mês de alta consecutiva.
No terceiro trimestre, de julho a setembro, o IBC-Br registrou um avanço de 9,47% na comparação com o intervalo imediatamente anterior, do período de abril a junho. Com esse desempenho, o Brasil afastou o fantasma da “recessão técnica”, termo utilizado para definir uma economia que apresenta queda por dois trimestres consecutivos.
O desempenho mensal da prévia do PIB ainda surpreendeu positivamente os analistas. A Reuters esperava um avanço de apenas 1%. No acumulado dos nove meses de 2020, a retração ainda é de 4,93%, sem levar em conta o ajuste sazonal. A leitura do IBC-Br atingiu agora 136,34 pontos, abaixo do patamar de antes da pandemia, quando a leitura era de 139,80 pontos.
O esperando pelo Banco Central, segundo o último Boletim Focus, é que o PIB brasileiro recue 4,80% em 2020. A atividade econômica, faltando três meses para o final do ano, sugere que as estimativas podem ser superadas.
Mas vale atentar que o cálculo do IBC-Br e do PIB são diferentes: o indicador do Banco Central incorpora, além dos impostos, estimativas para os setores de agropecuária, indústria e serviços. O IBC-Br, prévia do PIB, porém, é uma das ferramentas que o BC usa para definir a taxa Selic e uma maior atividade de economia pode aumentar a pressão inflacionária, que já vem em tendência de alta.
O IBC-Br é considerado como uma prévia do PIB, que é a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, sinalizando como está caminhando a economia local. Além disso, ele é uma das métricas utilizadas pelo Banco Central na definição da taxa básica de juros, a Selic. Isso porque um crescimento mais modesto da economia causa uma pressão menor sobre a inflação