O IBC-Br, a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, apresentou um crescimento de 0,35% em fevereiro deste ano ante janeiro, na série dessazonalizada. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (14) pelo Banco Central (BC).
Em comparação com fevereiro do ano passado, o IBC-Br apresentou crescimento de 0,60%. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 0,66%. Os dados analisados não refletem os efeitos econômicos da crise da pandemia do novo coronavírus (covid-19), que se agravou em março.
O indicador subiu em fevereiro após três meses de queda consecutiva, na série dessazonalizada. Em janeiro, deste ano, o IBC-Br ficou praticamente estável, com uma leve queda de 0,007%, após revisão do BC. Em março, a instituição havia divulgado alta de 024%, para o primeiro mês do ano.
IBC-Br e a economia do Brasil
Por mais que seja entendido como uma amostra mensal do PIB, o IBC-Br possui uma metodologia de cálculo diferente das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma vez que é revisado constantemente, se mostra mais estável do que a leitura mensal.
O indicador é uma métrica de avaliação da evolução mensal da atividade econômica brasileira, ajudando o BC a tomar decisões quanto à Selic. Já o PIB mostra um quadro mais amplo da economia.
Para o PIB, os especialistas do mercado financeiro estimam queda de 1,96% em 2020, segundo o último Boletim Focus. Na semana passada, a estimativa era de -1,18%.
O IBC-Br engloba informações sobre o grau de atividade de diferentes setores da economia:
- Indústria
- Comércio
- Serviços
- Agropecuária
- Volume de impostos
O IBC-Br foi criado pela instituição monetária central para apresentar, mensalmente, a tendência de evolução da economia. O PIB, trimestral, tem próxima divulgação prevista para o dia 29 de maio. O indicador cresceu 0,5% no último trimestre de 2019 ante os três meses anteriores. No último ano, a alta foi de 1,1%, resultado considerado fraco pelo mercado.