O IBC-Br, a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, apresentou um crescimento de 0,24% em janeiro deste ano. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (26) pelo Banco Central (BC).
O resultado veio abaixo da mediana que os economistas ouvidos pela agência de notícias “Bloomberg” esperavam, que era um crescimento de 0,40%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IBC-Br reportou um avanço de 0,86%.
O resultado foi determinado após um ajuste sazonal (uma maneira de “compensação” para levar em consideração períodos distintos).
O BC salientou que o mês de janeiro foi o melhor registrado para a indústria brasileira nos últimos três anos, com um avanço de 0,9%, respondendo a taxas negativas dos últimos dois meses. No entanto, segundo a autoridade monetária central, o setor não demonstrava uma mudança de tendência.
O varejo apresentou uma queda de 1% em janeiro, o equivalente ao pior resultado em um ano. Já o volume de serviços voltou a apresentar um avanço no mês de janeiro, com uma alta de 0,6%.
IBC-Br e a economia do Brasil
Por mais que seja entendido como uma amostra mensal do PIB, o IBC-Br possui uma metodologia de cálculo diferente das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma vez que é revisado constantemente, se mostra mais estável do que a leitura mensal.
O indicador é uma métrica de avaliação da evolução mensal da atividade econômica brasileira, ajudando o BC a tomar decisões quando à Selic. Já o PIB mostra um quadro mais amplo da economia.
O indicador engloba informações sobre o grau de atividade de diferentes setores da economia:
- Indústria
- Comércio
- Serviços
- Agropecuária
- Volume de impostos
O IBC-Br foi criado pela instituição monetária central para apresentar a tendência de evolução da economia. No entanto, o indicador oficial da economia continua sendo o PIB, calculado pelo IBGE, sendo divulgado trimestralmente.