O Ibama aplicou uma multa de R$ 8,19 milhões a Petrobras (PETR4) por causa do vazamento de óleo na Bacia de Campos. O acidente ocorreu na última quinta-feira (28), gerando uma mancha de óleo de 10 quilômetros quadrados no oceano.
O vazamento de óleo teria sido provocado durante transferência de combustível da plataforma da Petrobras P-58 para o navio São Sebastião. A operação vinha sido realizada desde o dia 23 de fevereiro, a cerca de 85 km da costa do Espírito Santo.
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De acordo com o Ibama mancha de óleo chegou a 200 km do litoral norte do Rio de Janeiro. Segundo as primeiras informações, o vazamento foi de 260 mil litros de óleo. Mas a Petrobras informou que o volume vazado chegou a 188 mil litros.
“Analistas do Ibama participam de vistorias diárias na região em helicóptero e avião equipado com sensores. Em ação coordenada com a Marinha e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o instituto seguirá monitorando a mancha e acompanhando as ações adotadas para contenção e recolhimento do óleo no mar”, informou o Instituto.
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O Ibama informou em nota que o óleo não corre risco de atingir o litoral do Espírito Santo.
Petrobras nega existência de mancha
A Petrobras negou a existência da mancha de óleo no mar. Em nota divulgada após o comunicado do Ibama, a estatal afirmou que não foi notificada sobre a multa. Além disso, a petroleira reiterou seu posicionamento segundo o qual “não encontrou mancha de óleo no mar”.
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Entretanto, a empresa admitiu que sobrevoos posteriores e imagens de satélite identificaram finas camadas de óleo na superfície do oceano, “com brilho característico, possivelmente resquícios do incidente”.
Segundo a Petrobras, “embarcações realizaram sua dispersão mecânica, com o uso de jatos de líquido, conforme procedimento padrão recomendado pelo Ibama nessas situações”.
A Petrobras informou que reportou todas as suas atividades à Marinha e também ao Ibama.