A EMS anunciou a retirada de sua proposta de aquisição de ações e fusão com a Hypera (HYPE3), depois que o Conselho de Administração da HYPE3 recusou a oferta.
Segundo a Hypera, o valor proposto subestimava a empresa e apresentava diferenças significativas em termos de cultura organizacional e governança corporativa, além de visões estratégicas divergentes.
A oferta incluía uma troca de ações em múltiplos iguais e R$ 30 por ação para até 20% dos acionistas da HYPE3.
Caso fosse aprovada, a EMS teria controle majoritário (60%) da nova empresa, com listagem no Novo Mercado da B3, e cinco dos nove assentos no conselho, enquanto os outros quatro seriam nomeados pela Hypera.
Relembre a proposta
No último dia 21, a Hypera (HYPE3) divulgou um fato relevante informando que recebeu uma proposta pública de aquisição de ações EMS para uma combinação de negócios. Após a notícia, o Goldman Sachs emitiu um relatório avaliando o movimento.
A fusão entre EMS e Hypera criaria uma nova companhia farmacêutica líder no Brasil, com 18% de participação de mercado.
A EMS controlaria 60% do capital da nova empresa, sendo que a proposta inclui uma oferta pública voluntária para adquirir até 20% das ações HYPE3 por R$ 30, um prêmio de 17% sobre o preço de fechamento de sexta-feira.
O Goldman Sachs destaca que a estrutura proposta avalia a HYPE3 em 11,5x EV/EBITDA (últimos 12 meses até o 2T24), em linha com a avaliação da EMS. A combinação entre as empresas resultaria em uma participação de 40%/60% entre Hypera e EMS, respectivamente, com uma relação dívida líquida/EBITDA de 2,0x.
O Goldman Sachs tem recomendação neutra para as ações da Hypera (HYPE3), com preço-alvo de R$ 31,50. Os riscos de alta incluem um crescimento mais rápido das receitas e um ambiente competitivo mais racional. Já os riscos de baixa envolvem desaceleração nas vendas e aumento da concorrência.