Hypera (HYPE3): Cade aprova aquisição de produtos da marca Buscopan
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, na última quarta-feira (30) a aquisição da Hypera Pharma (HYPE3) pelos produtos da marca Buscopan no Brasil. Atualmente esses ativos são detidos pela Boehringer Ingelheim International.
Em dezembro do ano passado, a Hypera havia informado ao mercado que seu conselho tinha aprovado a compra de alguns ativos da Boehringer pelo valor de R$ 1,3 bilhão.
Dessa forma, com a aprovação do Cade, a farmacêutica será responsável pelo desenvolvimento, fabricação, comercialização, marketing e distribuição do Buscopan, Buscofem e outros produtos da família.
“Por meio do acordo [com o Cade] a Hypera também assume uma série de obrigações comportamentais, que incluem o compromisso de realizar seus melhores esforços para que a completa transferência dos negócios, registros e demais ativos necessários à produção do Neocopan Composto seja feita o mais rápido possível”, informou o órgão regulador.
Em outubro do ano passado, a Boehringer já havia sinalizado interesse em vender os produtos.
“O Buscopan atualmente é a marca líder no segmento de antiespasmódico no Brasil, e a família Buscopan e Buscofem a segunda maior franquia no mercado de OTC no País. O contato estabelece os termos para o fechamento e implementação da aquisição dos ativos, entre elas, a aprovação da autoridade antitruste e outras condições relevantes”, informou o comunicado divulgado ano passado pela Hypera.
Hypera tem lucro líquido de R$ 396,4 mi no 2T20; alta de 17,6%
A Hypera informou que obteve um lucro líquido de R$ 396,4 milhões no segundo trimestre desse ano, sendo assim, uma alta de 17,6% na comparação anual.
Segundo a farmacêutica, o lucro líquido foi beneficiado, principalmente pelo crescimento do EBIT das operações continuadas. Já a receita líquida da companhia avançou 7,9% entre abril e junho desse ano em comparação ao mesmo período em 2019, alcançando R$ 1.050,5 milhões.
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No documento, a Hypera destacou que “esse crescimento foi impulsionado pelo forte aumento do sell-out1 em Consumer Health no final do mês de março,que acabou não impactando a Receita Líquida no 1T20, consequência da corrida dos consumidores às farmácias para compra de medicamentos isentos de prescrição após o início das regras de restrição para circulação da população por conta da pandemia de Covid-19, e também pelo crescimento do sell-out em Similares e Genéricos”.