Hypera (HYPE3): analistas destacam pontos positivos em “balanço morno”; ações decolam no Ibovespa
A Hypera (HYPE3) reportou um lucro líquido de operações continuadas de R$ 391,5 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24). Segundo o Itaú BBA, os números foram positivos, apesar do crescimento abaixo das expectativas em certas categorias de produtos.
Para os analistas do BBA, o ambiente desafiador para produtos relacionados à gripe, doenças respiratórias, dor e febre afetou os negócios da marca, resultando em um crescimento de apenas 2% no primeiro trimestre deste ano para esse portfólio e impactando a margem bruta.
No entanto, a margem Ebitda da Hypera de 34,6% superou ligeiramente as estimativas, devido a reduções significativas de custos em marketing, vendas e despesas gerais e administrativas (SG&A).
“A geração de fluxo de caixa livre de R$ 319 milhões no 1T24 da Hypera representou uma melhoria sólida em relação ao ano anterior, impulsionada pelo crescimento do Ebitda e uma menor demanda de capital de giro, juntamente com a redução dos investimentos em capital”, diz o BBA.
O Itaú BBA mantém a recomendação outperform (equivalente a compra) para as ações da Hypera Pharma, com um preço-alvo de R$ 42, um upside de 47%.
Nesta segunda (29), as ações da Hypera fecharam em alta de 5,36%, a R$ 30.08, terceira maior alta do Ibovespa.
Hypera: Citi avalia que números do 1T24 foram mistos
Segundo o Citibank, a Hypera reportou resultados mistos no 1T24, com vendas em linha com as estimativas da instituição, impulsionadas pela melhora das vendas ao consumidor (sell-out) orgânicas, que cresceram 7,1%, embora ainda ficando atrás do crescimento do mercado em 220 pontos base.
Para o Citi, os números foram mornos, com a margem bruta influenciada por uma pior diluição de custos fixos, ou seja, capacidade ociosa de produção, e um mix de vendas com margem mais baixa, caindo 290 pontos base na comparação ano a ano e abaixo da previsão do banco em 20 pontos base.
Por outro lado, as margens operacionais foram auxiliadas pelo forte controle de despesas gerais e administrativas (SG&A).
“O sell-out orgânico continua aquém do crescimento da indústria, com as margens brutas caindo e onde a empresa tem tentado atuar com a disciplina de SG&A. Além disso, as piores condições de capital de giro continuam a impedir um processo de desalavancagem mais rápido”, conclui o Citi.
Companhia tem lucro 15% maior no 1T24, a R$ 391,5 milhões
A Hypera anunciou seu balanço trimestral, referente ao primeiro trimestre de 2024, em que reportou um lucro líquido de operações continuadas de R$ 391,5 milhões.
Em relação ao valor do primeiro trimestre de 2023 (1T23), o resultado da Hypera mostra um aumento de 15,4%.
O Ebtida da Hypera, que corresponde ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização das operações continuadas da companhia, totalizou R$ 647,8 milhões, o que representa um crescimento anual de 10,2%.
O lucro líquido contábil alcançou a marca de R$ 388,9 milhões no 1T24 da Hypera, cerca de 14,6% maior que o resultado registrado em igual etapa do ano passado.
Durante o primeiro trimestre deste ano, a receita líquida da Hypera somou quase R$ 1,827 bilhão, com aumento de 7,6% em relação ao mesmo período de 2023.
Esse aumento da receita líquida é atribuído principalmente ao recente crescimento do sell-out no varejo farmacêutico.
“A expansão do sell-out é resultado sobretudo do desempenho positivo em Skincare, Produtos de Prescrição e Similares neste trimestre, com destaque para as categorias de Cardiologia, Ginecologia, Antiespasmódicos e Náusea”, destaca o novo balanço da Hypera.
Desempenho anual das ações da Hypera
Cotação HYPE3