Enquanto os Estados Unidos acusa a Huawei de espionagem e impõe sanções, a Rússia se demonstra completamente adepta da companhia de tecnologia chinesa.
Em junho deste ano, após a classificação da empresa chinesa na lista negra de Donald Trump, o país russo assinou acordo com a companhia para o desenvolvimento do 5G. Este mês, a Huawei abriu na capital da Rússia, Moscou, sua primeira zona de testes da nova tecnologia.
“Trabalhamos na Rússia há 22 anos e, especialmente graças à confiança de nossos queridos parceiros, vivemos bem aqui”, disse o chefe da filial russa da Huawei, Zhao Lei. Além disso, Lei informou que há planos de serem líderes no desenvolvimento do 6G.
O campo de atuação da Huawei na Rússia é amplo. De acordo com o jornal russo “Vedomosti”, a empresa chinesa emprega 400 pessoas em Moscou e 150 em São Petersburgo. Ademais, pretende contratar mais 500 até o final deste ano e 1.000 nos próximos cinco anos.
“As operadoras russas estão colaborando com vários fabricantes de 5G, incluindo a Huawei, então não vemos nenhum ‘líder’ claro para a implantação de 5G na Rússia”, disse a analista da Fitch Solutions, Michaela Landoni.
Segundo a analista, as operadoras tem preferência por essa “abordagem para evitar depender totalmente de um provedor específico”. Ledoni avalia que dessa forma é garantido a “melhor proteção contra ameaças cibernéticas.
Trump x Huawei
O presidente americano classificou no dia 15 de maio a Huawei em sua lista negra. Desse modo a empresa chinesa não poderia mais comprar tecnologia americana sem a permissão do governo. De acordo com Trump, a medida foi imposta por conta do envolvimento da companhia em atividades contrária à segurança nacional.
Com as sanções impostas pelo governo americano, a Huawei não tem mais acesso aos aplicativos do Google. Dessa forma, urgentemente, a empresa tem investido cerca de US$ 1,5 bi em novos desenvolvedores de softwares para seu novos smartphones.
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No entanto, apesar de não possuir acesso ao Google, e as tarifas impostas como consequência da guerra comercial, a chinesa sai à frente da norte-americana no mercado chinês
A Apple deixou de ser uma das marcas preferidas do público da China. A disputa comercial fez a companhia norte-americana despencar da 11ª posição para o 24º lugar dentre as 50 principais marcas do mercado chinês, segundo a consultoria Prophet.
A queda da empresa norte-americana se torna mais significativa quando viu a sua concorrente, especialmente no mercado asiático, a gigante Huawei, subir da 4ª para a 2ª posição, se tornando a sétima empresa a ocupar o top 10 do estudo.