Nesta quarta-feira (29), a empresa chinesa líder em 5G, Huawei, anunciou que pediu à Justiça americana que declare inconstitucional a proibição da compra de produtos norte-americanos.
“Se espera que os tribunais americanos declarem que a proibição à Huawei é inconstitucional e impeçam sua entrada em vigor”, disse o diretor jurídico da Huawei, Song Liuping.
Além disso, Liuping diz que o “governo dos EUA não ofereceu hoje nenhuma evidência de que a Huawei é uma ameaça à segurança. É pura especulação”.
A empresa chinesa já havia apresentado em março deste ano uma ação no Texas. Dessa forma, a companhia alegou que o Congresso americano não tinha provas que justificassem as restrições.
Ato inconstitucional
“O sistema judicial é o último recurso para obter justiça. A Huawei confia na independência e na integridade do sistema judicial americano”, completou Song.
“O projeto de lei determina diretamente que a empresa é culpada e impõe um amplo volume de restrições à Huawei com o objetivo evidente de expulsá-la do mercado americano”, afirma o diretor.
Conforme Song, a ação foi apresentada na terça-feira, no entanto, no horário chinês, quarta-feira.
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“Esperamos que os tribunais americanos declarem que a proibição à Huawei é inconstitucional e impeçam sua entrada em vigor”. Além disso, Liuping afirma que “o veto só fornece uma falsa sensação de segurança para os EUA e distrai a atenção dos desafios reais enfrentados”.
A empresa se diz vítima dos EUA e foi classificada na “lista negra” de Trump em um momento de guerra comercial entre o país americano e a China.
Estados Unidos x Huawei
No dia 15 deste mês, o presidente americano anunciou que a companhia não poderia mais comprar tecnologia americana sem a permissão do governo. Além disso, Trump classificou a empresa em sua “lista negra”. De acordo com o presidente essa medida foi imposta por conta do envolvimento da companhia em atividades contrária à segurança nacional.
No entanto, cinco dias após essa decisão, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos garantiu uma licença temporária para que a companhia possa fazer atualização de sistemas e aparelhos.
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No dia 21, a empresa se declarou vítima dos EUA. Ademais, afirmou estar trabalhando com o Google para combater as restrições comerciais.
O fundador da Huawei, Ren Zhengfei, disse que os “políticos americanos, com sua atual forma de agir, demonstram que subestimam nossa força”.
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