Huawei contrata Michel Temer para aconselhar sobre 5G
O ex-presidente da República, Michel Temer, foi contratado pela Huawei para atuar como consultor para o leilão de abordagens de redes sem fio 5G, de acordo informou a ZDNet nesta segunda-feira (1).
Segundo um relatório divulgado pela Express Computer Online, ao confirmar a contratação do ex-presidente, a Huawei afirmou que estava “comprometida com a transparência com todas as partes interessadas”.
Frente a isso, o ex-presidente, que também é professor de direito constitucional e advogado, deverá oferecer consultoria jurídica em relação à implementação do 5G no Brasil, de acordo com o documento.
O leilão do 5G no Brasil estava previsto para acontecer em março do ano passado, mas em meio à pandemia de coronavírus (Covid-19) foi adiado e deve acontecer ainda no início deste ano.
Vale destacar que na última semana o senador norte-americano Rick Scott pediu para que o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) reconsiderasse a decisão de abrir os leilões da rede 5G para a gigante chinesa de telecomunicações.
De acordo com os EUA, a companhia estaria relacionada ao Partido Comunista da China. Nesse sentido, apontam que os dados não estariam protegidos, e salientam uma ameaça à segurança nacional.
Huawei está liberada a participar de leilão do 5G, diz edital da Anatel
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deliberará em breve sobre a proposta do edital do leilão das faixas de tráfego dos sinais de internet móvel de 5G. Segundo o texto, nenhuma fornecedora está impedida de oferecer seus serviços ou equipamentos às operadoras participantes, e isso inclui a chinesa Huawei.
A informação, que foi revelada pela coluna Broadcast, demonstra uma vitória da Huawei, multinacional asiática que estava na mira do governo federal. A equipe do presidente Jair Bolsonaro procurava encontrar brechas legais ou critérios técnicos para limitar a operação da companhia no País, como um movimento ao alinhamento junto aos Estados Unidos.
Entretanto, o empenho de Bolsonaro em estar ao mesmo lado do ex-presidente Donald Trump foi perdendo força ao passo que o governo não conseguia encontrar razões factíveis para afastar a Huawei do 5G brasileiro, sobretudo considerando o custo elevado para substituição dos equipamentos chineses no mercado local.