Huawei: China se opõe à ampliação de sanções dos EUA

O Ministério de Relações Exteriores da China repudiou, nesta terça-feira (18), a ampliação das restrições dos Estados Unidos à gigante da tecnologia asiática Huawei. Em entrevista coletiva, o ministro Zhao Lijian disse que o país tomará as ações necessárias para proteger as empresas chinesas.

Na última segunda-feira (17), Hua Chunying, outro porta-voz da diplomacia da China, disse, em sua conta pessoal do Twitter, que algumas pessoas em território norte-americano estão tentando “sabotar” as relações entre os dois países e atrapalhar o desenvolvimento do país através dos impactos sobre a Huawei.

“Mas nós acreditamos que o diálogo em vez da confrontação é o que os dois povos querem. O futuro da China será determinado pelos chineses”, escreveu a Chunying.

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Em entrevista à Fox News na noite da última segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, endossou o discurso de que os equipamentes da gigante da tecnologia chinesa podem ser utilizados para espionar cidadãos estadunidenses.

O secretário de Estado do país, Mike Pompeo, por sua vez, afirmou os norte-americanos vão bloquear o acesso da empresa a chips e outras tecnologias oriundas dos Estados Unidos.

“Hoje, desferimos um golpe direto na Huawei e no repressivo Partido Comunista Chinês ao limitar ainda mais a capacidade da Huawei de adquirir a tecnologia dos Estados Unidos e comprometer a integridade das redes mundiais e das informações privadas dos americanos”, publicou o secretário em seu Twitter.

O Departamento do Comércio adicionou 38 filiais da gigante de tecnologia em todo mundo à “lista de entidades” com o discurso de que a empresa utilizava as subsidiárias internacionais para evitar as sanções que impedem a exportação de tecnologia norte-americana.

Empresas federais dos EUA são impedidas de comprar da Huawei

Os Estados Unidos anunciaram que desde 13 de agosto as empresas, com as quais o país negocia, estão proibidas de comprar produtos fabricados pela Huawei e outras quatro companhias chinesas.

Na data estipulada pela Casa Branca, as companhias que participavam de licitações para contratos federais deveriam certificar que não usam nenhum produto das empresas listadas. Os Estados Unidos estimam o custo da conformidade total em mais de US$ 80 bilhões (aproximadamente R$ 430,5 bilhões).

Assim, as empresas federais ligadas ao governo estadunidense estão proibidas de negociar com as respectivas chinesas:

  • Huawei
  • ZTE
  • Hytera Communications
  • Zhejiang Dahua Techonology
  • Hangzhou Hikvision Digital Technology

Com a dissociação em relação à Huawei, essa regra impõe que as empresas escolham fornecedores norte-americanos e se distanciem com a economia chinesa. As principais companhias afetadas são as do Japão que possuem contratos com as duas nações.

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Jader Lazarini

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