A chinesa Huawei planeja ultrapassar a Samsung como maior vendedora de celulares do mundo.
Nesta quarta-feira (24), um executivo disse que as vendas de smartphone da Huawei cresceram 30% em 2018, com mais de 200 milhões de aparelhos vendidos.
Saiba mais: Samsung estima queda de 29% no lucro do 4º trimestre
Mesmo com os problemas enfrentados do mercado americano, a empresa espera passar a Samsung até 2020.
“Este ano, na melhor das hipóteses, ou ano que vem, no mais tardar, nós seremos número 1”, afirmou Pequim Richard Yu, presidente da divisão de celulares, computadores e tablets da Huawei.
Em 2018, a Huawei já tomou o lugar da Apple como a segunda maior em participação no mercado de smartphones.
Parte do sucesso da marca decorre das boas vendas dos modelos P20 e Mate 20, que venderam 16 milhões e 5 milhões de unidades respectivamente. Os números foram publicados pelo portal “Engadget”.
A linha de smartphones P20 ficou na frente de nomes como Galaxy S9, iPhone X e Pixel 2 em um ranking que avaliava as melhores câmeras de celulares do mercado.
Em países asiáticos, como Japão, Malásia e Tailândia, além da própria China, os produtos da Huawei são amplamente populares. As vendas em outras regiões, como a Europa, estão crescendo.
Para além dos celulares, a Huawei vendeu 100 milhões de devices inteligentes, como smartwatches e tablets, com um faturamento de US$ 52 bilhões, alta de 40% em comparação com 2017.
Huawei e o ocidente
A marca chinesa está em um imbróglio judicial nos Estados Unidos. Em dezembro de 2018, a diretora financeira da empresa, Meng Wanzhou, foi presa no Canadá com suspeitas de ter violado as sanções impostas pelo Estados Unidos ao Irã.
Saiba mais: PIB da China cresce 6,6% em 2018 e confirma desaceleração econômica
Além disso, os EUA restringiram aparelhos da Huawei, alegando que os mesmos podem ser utilizados pela China para espionagem. No último dia 16, um grupo bipartidário no Congresso propôs que os americanos não vendessem chips e outros componentes para a chinesa. Outros países, como a Alemanha e Polônia, também estudam proibir os produtos da companhia.
A Huawei nega as acusações. O diretor da divisão de consumo, Richard Yu, diz que “nossos clientes tem confiança em nós” e acrescenta: “são apenas políticos tentando colocar pressão sobre nós”, afirma Yu.