HSI Logística (HSLG11) capta R$ 1,6 bilhão com demanda três vezes maior
A Hemisfério Sul Investimentos (HSI) captou cerca de R$ 1,6 bilhão no IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês) do fundo imobiliário (FII) HSI Logística (HSLG11), segundo informou a gestora nesta quarta-feira (16).
O resultado do HSLG11 é cerca de três vezes o esperado pela gestora, que previa uma captação de cerca de R$ 490 milhões para o fundo.
Segundo a HSI, o fundo imobiliário será destinado a investidores em geral, não sendo exclusivo a investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão investidos) ou investidores profissionais (quem trabalha no mercado ou possui mais de R$ 10 milhões aplicados).
Fundo vai investir em galpões
Além disso, deverá investir dois terços do patrimônio líquido em imóveis construídos, localizados no território nacional. O foco é no segmento logístico, como galpões industriais com potencial de geração de renda, seja pela locação, arrendamento, ou indiretamente mediante a aquisição de ações ou cotas de outros fundos.
O portfólio inicial conta com 429 mil m² de Área Bruta Locável (ABL). São cinco ativos em regiões metropolitanas da capital de três estados (São Paulo, Paraná e Minas Gerais).
Segundo o gestor de Fundos Imobiliários da HSI, Felipe Gaiad, a proximidade dos grandes centros consumidores faz com que os ativos, formados por galpões logísticos e industriais, tenham ocupação e valores de locação superiores, além de serem mais resilientes.
“Os ativos que ancoram o HSI Logística têm: localização, 61% da ABL na Grande São Paulo, excelente carteira de locatários, altíssima especificação técnica e preço adequado aos mercados onde estão inseridos”, disse, em nota.
O novo fundo HSI Logística (HSLG11) será administrado pela BRL Trust e gerido pela HSI. O Itaú BBA e Bradesco BBI foram coordenadores da oferta.
HSI Logística (HSLG11) é mais uma novidade no mercado
O número de novas emissões vem crescendo nos últimos meses. Na semana passada, o total de emissões já estava em 123.
Do total de novas emissões, cerca 56 são destinadas à investidores em geral, ao passo que o restante é destinado à investidores profissionais.
Vale destacar que a emissão de cotas normalmente ocorre quando um fundo deseja aumentar o capital, ou então quando o FII está sendo estruturado. Para isso, o Fundo emite novas cotas e as vende. Com o dinheiro oriundo desta operação, o fundo pode investir em novos ativos.
Embora esse seja um movimento comum, nos últimos meses diversas emissões foram abertas, o que não é algo tão habitual. Vários fatores influenciaram esse movimento no mercado de FIIs, sendo um deles o cenário econômico atual.
Contudo, para o analista de FIIs, Marcos Baroni, esse mercado ainda deve crescer bastante. “Tudo mantido constante, crescerá em escala geométrica”.
“As pessoas estão descobrindo os FIIs”, destaca o analista que explica que o crescimento é consequência do atual cenário dos mercado, bem como os juros baixos e o crescimento da inflação, que fazem com que grande quantidade de recursos alocados tenha rendimentos reais negativos.
Além disso, ele considera que um FII, como o HSLG11, funciona como uma forma de aproximar o investidor do investimento. É uma proposta que agrada muita gente”, diz Baroni lembrando que esses ativos têm uma relação de risco e retorno muito interessante.