O HSBC divulgou nesta segunda-feira (3) que o lucro do banco nos primeiros seis meses do ano foi de US$ 4,32 bilhões, uma queda de 65% ante o mesmo período do ano passado.
A previsão média dos analistas da “Reuters” era de um lucro de US$ 5,67 bilhões. Segundo o HSBC, as perdas com crédito, devido a crise causa pelo coronavírus (covid-19), impactaram os resultados e a previsão de perda com empréstimos pode chegar a US$ 13 bilhões neste ano.
A instituição financeira alertou ainda que as reservas de capital poderiam se deteriorar e as receitas podem ficar sob pressão devido à crise.
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“O que vimos neste trimestre foi uma mudança bastante acentuada nas perspectivas econômicas da economia global, o famoso ‘V’ ficou muito mais acentuado e, como resultado, aumentamos substancialmente nossas provisões”, disse o vice-presidente financeiro, Ewen Stevenson, à “Reuters”.
Além disso, o HSBC interrompeu também os pagamentos de dividendos no início deste ano em reposta a solicitações regulatórias no Reino Unido.
O HSBC vem passando por uma reestruturação completa para tentar cortar custos. o HSBC pode fazer um corte de até 10 mil funcionários. De acordo com pessoas próximas a empresa, a redução feita será significativa, já que o banco conta com 238 mil funcionários.
O banco afirmou que o atual momento global está “cada vez mais complexo e desafiador”. Isso porque os conflitos comerciais, os cortes nas taxas de juros e as incertezas que rondam o Brexit influenciam em toda economia do mundo.
O corte de empregos do HSBC passou por um esquema denominado “Project Oak”, que incentivava executivos a diminuírem suas equipes dentro da empresa. Com troca, o banco oferecia acesso a recursos para a cobertura de pagamentos de indenizações.
Os cortes de gastos do HSBC devem começar por cima, ou seja, atingindo pessoas com grandes cargos na empresa, que consequentemente são bem remuneradas.