HP rejeita oferta de compra feita pela Xerox
A multinacional de tecnologia HP (NYSE: HP) rejeitou a oferta de compra não solicitada da Xerox Corporation (NYSE: XRX). A empresa desenvolvedora de computadores pediu para os acionistas não oferecerem suas ações.
A empresa declarou que a oferta “desvaloriza significativamente a HP e beneficia desproporcionalmente os acionistas da Xerox“. O comunicado oficial foi feito nesta quinta-feira (5).
A fabricante de computadores ainda ressaltou: a “urgência” da Xerox em lanças a oferta mostra seu “desespero para adquirir a HP para enfrentar seu contínuo declínio nos negócios’.
A Xerox oficializou a oferta de US$ 35 bilhões (cerca de R$ 111,9 bilhões) pela compra da HP. O Conselho de Administração da empresa rejeitou as duas propostas anteriores. Neste caso, se a oferta não for estendida, irá expirar no dia 21 de fevereiro.
A nova oferta da Xerox aos acionistas incluí todas as dívidas da companhia, prevendo o pagamento de US$ 24 por ação, sendo US$ 18,40 em dinheiro e 0,149 ação da Xerox por ação da HP.
Saiba mais: Xerox confirma oferta de US$ 35 bilhões pela compra da HP
A Xerox não comentou a reação da empresa sobre a proposta.
A HP é forte no setor de impressão e planeja expandir o negócios. A empresa destacou no passado que não depende de uma fusão com a Xerox e que detém muitas alternativas para criar valor.
O diretor executivo da HP, Enrique Lores, quer aumentar o percentual de serviços de impressão, de impressão 3D e de computadores de alta tecnologia. O CEO projeta também a redução de 16% da força de trabalha da empresa, o que ajudaria a reduzir custos.
Desde a separação com a fabricante de servidores Hewlett Packard Enterprise Co., em 2015, a empresa tem tido um comportamento prudente. Evita grandes fusões e aquisições, ao mesmo tempo que devolve capital aos acionistas.
A Xerox havia indicado 11 candidatos ao conselho da HP. O CEO, John Visentin, não acredita no plano atual. Para ele, é uma abordagem fragmentada que não trará tantos benefícios quanto uma fusão.
A empresa argumenta que a combinação poderia gerar US$ 2 bilhões em sinergia e poderia dar uma ânimo para as duas empresas.
As duas empresas não conseguiram acompanhar a mudança do hardware, onde a HP e a Xerox se colocavam, para o software. No novo paradigma, cada vez mais trabalha-se com o digital, não com o impresso.