A Hospital Care protocolou seu pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De acordo com o documento, a operação contará com emissão primária e secundária dos papéis.
Fundada há quatro anos, a Hospital Care é uma holding controlada pela gestora de private equity Crescera, que tem metade da empresa. Os empresários Julio Bozano e Elie Horn ficam com os outros 50%.
A companhia procura correr atrás dos concorrentes do segmento em que atua. A abertura de capital da Rede D’Or (RDOR3), que levantou mais de R$ 11 bilhões, foi um dos maiores da história do País. A demanda pelas ações da gigante do setor de saúde foi três vezes maior do que a oferta.
No ano passado, a holding fechou sete aquisições, impulsionado seu faturamento de R$ 1 bilhão por meio do crescimento inorgânico. A estimativa da empresa é fechar este ano com uma receita total de R$ 1,7 bilhão e 770 leitos hospitalares, segundo o jornal Valor Econômico.
O crescimento orgânico, contudo, também deve dar sua contribuição: até 2022, o número de leitos pode dobrar por conta de um investimento de R$ 270 milhões da empresa com capital próprio.
Hospital Care quer ampliar operação fora do eixo Rio-São Paulo
Os recursos líquidos da oferta, de acordo com a empresa, devem ser investidos na expansão das unidades já operantes e na compra de novos ativos. O investimento em tecnologia também está no radar dos administradores.
Enquanto presidia a gestora Bozano (atual Crescera) o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi o idealizador da Hospital Care. O grupo atua sobretudo fora do eixo Rio-São Paulo e volta suas atenções à aquisição de um hospital de alta complexidade na cidade em que vai iniciar as operações. Após isso, levanta uma rede de hospitais de menor complexidade em volta da unidade principal.
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