A Hortigil, dona das marcas Hortifruiti e Natural da Terra, protocolou nesta quinta-feira (22) um prospecto preliminar para a realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
De acordo com o documento, será realizada tanto uma oferta primária, com a Hortigil emitindo novas ações e levantando dinheiro para seu caixa, quanto uma secundária, com o Fundo de Investimento Sémillon Multiestratégia vendendo parte de sua fatia na companhia.
70% do capital proveniente da oferta primária será utilizado para abrir novas lojas. Outros 20%, para realizar investimentos em tecnologia e em iniciativas digitais. Os 10% restantes ficarão como capital de giro e para serem utilizados em outros usos gerais.
O acionista vendedor detém, atualmente, 97,77% do capital da Hortigil. Outros acionistas, não detalhados, possuem os 2,23% restantes.
A Hortigil será listada no Novo Mercado da B3 (B3SA3) e serão realizados esforços para encontrar tanto investidores de varejo quanto profissionais. A oferta será liderada pelo JP Morgan, que contará com ajuda do BTG Pactual, do Citi e do UBS BB.
Hortigil é maior rede especializada em produtos frescos do Brasil
A Hortigil afirma ser a maior rede varejista especializada em produtos frescos do Brasil. Seus negócios são focados na comercialização de frutas, legumes e verduras, atuando, então, em um mercado relevante e fragmentado.
A companhia, de acordo com seus levantamentos, possui atualmente 4,24% do mercado do Rio de Janeiro e 1,70% de São Paulo. Ela possui 71 lojas, sendo 53 no Rio, 15 em São Paulo, duas no Espírito Santo e uma em Minas Gerais.
Fundada em 1989 no Espírito Santo, recebeu em 2010 um aporte do Bozano Investimento, atual Crescera Capital. Em 2016, o fundo suíço Partners Group adquiriu 39,38% da Hortigil da Bozano e posteriormente, em 2017, adquiriu o restante da participação dos sócios fundadores.
No primeiro trimestre de 2021, a Hortigil teve uma receita líquida de cerca de R$ 485 milhões, contra R$ 396 milhões no mesmo período de 2020. O lucro líquido ajustado foi de R$ 7 milhões, contra prejuízo de R$ 1 milhão nos três primeiros meses do ano passado.