A Ford Motor (NYSE: F) indicou nesta quarta-feira (26) que implementará medidas nos EUA para que funcionários trabalhem parcialmente de home office no futuro. Milhares de funcionários voltaram aos escritórios da empresa no estado de Michigan, nos Estados Unidos, para levar suas coisas para casa.
Com seus funcionários estadunidenses em home office pelo menos até janeiro por causa da pandemia do coronavírus (covid-19), a Ford está aproveitando seus prédios vazios para reconfigurar o local de trabalho, se preparando para uma nova era em que os funcionários terão mais opções para cumprir seus trabalhos remotamente.
A maioria dos cerca de 30.000 funcionários que trabalham na sede da Ford em Michigan, ou próximo a ela, voltou ao escritório entre os meses de junho a agosto para limpar suas mesas e espaços de trabalho. A Ford enfatizou aos trabalhadores que o exercício não tem nada a ver com demissões.
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Muito pelo contrário, a segunda maior montadora dos Estados Unidos está tentando se preparar para um futuro em que muitos, senão a maioria, dos funcionários não comparecerão ao escritório todos os dias, disse Jackie Shuk, diretor global do braço imobiliário da Ford.
Muitos funcionários do escritório estão visitando o local pela primeira vez desde março, quando a Ford fechou seus espaços corporativos por causa de bloqueios relacionados à pandemia.
A remodelação na Ford está entre as medidas mais assertivas tomadas pelas empresas que estão repensando a vida no escritório à longo prazo, já que a pandemia mostrou que o home office é mais produtivo e viável do que se pensava inicialmente.
A reforma no campus da Ford visa criar um espaço mais agradável, com acesso mais fácil a restaurantes e cafés, e permitir que os trabalhadores passem por aí em bicicletas elétricas e scooters.
Home office preocupa autoridades britânicas
A consultoria contábil PricewaterhouseCoopers, a PwC, empresa 22 mil funcionários no Reino Unido, prevê que a maioria de seus colaboradores mude permanentemente para uma divisão mais igualitária entre o trabalho presencial e de casa. Na última semana, apenas cerca de 25% de toda a equipe da companhia esteve em algum de seus 20 escritórios no Reino Unido.
Em entrevista, Kevin Ellis, presidente da PwC, afirmou que “não há dúvida de que os bloqueios [pela pandemia] acabaram com a obrigatoridade de estar presente. Muitos líderes de negócios mostraram que seus funcionários podem ser produtivos, engajados e felizes trabalhando de casa”.
No entanto, o movimento levanta preocupações entre as autoridades locais do Reino Unido, que temem que essa realidade causada pelo coronavírus se torne, de fato, permanente.
Antes da notícia sobre a permanência do home office permanente dos funcionários da Schoroders vir à tona, o prefeito de Londres disse que escritórios vazios na capital estão causando um “grande problema” para a economia. “A principal coisa que acho que precisamos entender é que se todos ficarmos em casa trabalhando, isso será um grande problema para o centro de Londres”, disse Khan à rádio LBC.
O prefeito pediu às grandes empresas que reconsiderassem as decisões, que poderiam ser mudanças “drásticas”.
De acordo com uma pesquisa do Morgan Stanley, os trabalhadores de escritórios do Reino Unido demoram muito mais para retornar aos seus postos de trabalho do que os da França, Itália e Alemanha, após os bloqueios da pandemia. Enquanto quase 75% dos funcionários de toda a Europa já voltaram do regime home office, no Reino Unido apenas cerca de 33% já retomaram suas atividades normalizadas, o que não deve ser o caso da Schoroders.