Oi (OIBR3): Highline estuda comprar rede fixa, diz jornal
A Highline Brasil está estudando o quanto irá oferecer no leilão das redes de fibra ótica da Oi (OIBR3). A empresa já participou da rodada inicial de ofertas não vinculantes dos ativos da operadora, que reuniu dez interessados. A Oi, que se encontra em recuperação judicial, avalia sua rede fixa em R$ 20 bilhões. A informação foi divulgada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”.
O ativo leiloado pela Oi tem uma rede de 388 mil quilômetros de fibra ótica e cobertura em 2,3 mil cidades do país. A estrutura possui uma rede neutra de transmissão de dados, o que pode atender as operadoras nacionais ou regionais, além do principal cliente que é a própria Oi. O ativo também poderá dar suporte à tecnologia 5G no futuro.
A Highline é controlada pelo fundo norte-americano Digital Colony, especialista no ramo de infraestrutura digital, com mais de US$ 20 bilhões em investimentos globais no setor. A subsidiária é desconhecida do grande público já que não atende o consumidor final — ela opera com apenas com a infraestrutura de telecomunicações, como redes e antenas, as quais são contratadas pelos provedores.
A estratégia da empresa é ocupar o posto de maior operadora de redes neutras do Brasil. Por esse motivo, o interesse na aquisição do ativo da Oi que possui a maior capilaridade entre as grandes teles. A Highline também está montando seu portfólio de fibra com aquisição de operadoras regionais.
Apesar do grande interesse, a empresa enfrenta dificuldade na operação devido ao acordo de exclusividade das negociações com o consórcio formado entre a TIM (TIMP3), Vivo (VIVT4) e Claro. Na prática, isso significa que o consórcio de operadoras e a Oi seguirão negociando os termos financeiros e operacionais da proposta com caráter preferencial.
Oi lança seu marketplace
A Oi lançou uma plataforma de marketplace, na última terça-feira (20), para vender produtos associados a videogames, segmento eletrônico, informática e conectividade. A Oi Place, como é chamada a plataforma, é disponível a todos os consumidores, independente de serem clientes da companhia.
“É um supermercado com produtos selecionados para potencializar conexões [dos consumidores]”, disse o diretor de produtos varejo, Roberto Guenzburger.
A operadora também anunciou uma evolução do serviço de TV por assinatura via satélite, a Oi TV, além de seu streaming Oi Play, que agora tem o modelo “over-the-top” (OTT) semelhante ao Netflix.