A Hidrovias Brasil (HBSA3) comunicou ao mercado, na quarta-feira (6), que o desinvestimento da Vale (VALE3) ainda não aconteceu e que o contrato de transporte fluvial entre a Girocantex, controlada da companhia, e a Mineração Corumbaense Reunida, subsidiária da mineradora, continua em vigor, com prazo até março de 2039.
Segundo a Hidrovias Brasil, o acordo de 2012 foi assinado na modalidade em que o contratante, no caso a Vale, paga a quantia independente do volume, conhecido como ‘take or pay’. Com isso, está previsto o transporte de 3,2 milhões de toneladas de minério de ferro por ano na Hidrovia Paraguai-Paraná.
No dia 1º de abril, a Vale comunicou que estava em discussões avançadas para vender as suas empresas de minério de ferro, minério de manganês e logística que compõem o Sistema Centro Oeste. A mineradora exporta os produtos pela hidrovia através do porto na região de Porto Esperança, município de Corumbá. A subsidiária explora minério de ferro e também detém o direito de exploração nas minas de Santa Cruz e do Urucum, em Corumbá (MS).
De acordo com o comunicado divulgado no início do mês, a iniciativa de desinvestimento está em linha com a estratégia de simplificação de portfólio e foco nos principais negócios e oportunidades de crescimento, pautados pela alocação de capital disciplinada.
O secretário de Produção, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Agricultura Familiar (Semagro) do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, afirmou ainda, após a Vale ter divulgado o comunicado, que as minas localizadas em Corumbá não são as mais lucrativas para a mineradora. O Sistema Centro-Oeste é o que tem o menor volume em extração de minério de ferro diante das outras unidades.
No comunicado de ontem, a Hidrovias informou ainda que qualquer alteração nos termos e condições do contrato, incluindo a alteração da garantidora Vale, está sujeita à prévia aprovação das partes do contrato.
Última cotação da Vale
Na última sessão, quarta-feira, a Vale encerrou o pregão em alta de 1,46%, negociada a R$ 96,50.