O FII CSHG Renda Urbana (HGRU11) está de olho na diversificação dos seus ativos no setor de varejo. Atualmente, o maior foco está no segmento alimentício, mas a gestora está interessada em negócios no setor de bricolagem e vestuário esportivo.
“Vamos dar preferência a estes dois segmentos para diversificar nossa exposição no varejo”, afirmou ao Suno Notícias o diretor da Credit Suisse Hedging Griffo, Bruno Margato, depois de participar de um painel no evento FIIs Experience, promovido pela Suno com apoio da Guardian, Fator, Mauá Capital, TRX, HSI.
Além do varejo, a estratégia do fundo imobiliário de renda urbana HGRU11 contempla os setores de educação e saúde. Confira os planos do FII para estes setores:
HGRU11 quer investir em saúde
De acordo com Margato, o HGR11 considera comprar imóveis voltados para clínicas, laboratórios e hospitais sem internação. “Olhamos ativos e ainda não emplacamos nada, mas em algum momento vamos ter uma posição”, disse.
O fundo imobiliário também se interessa pelo setor de farmácias, mas como este mercado é muito pulverizado e tem imóveis pequenos, o foco está em grandes capitais e pontos comerciais estratégicos com maior valor.
Já no setor educacional, Margato avalia que o grande desafio não é o avanço do ensino a distância, pois esta já é uma tendência há mais de dez anos. Em sua visão, o EAD tende a crescer somente em regiões onde os estudantes têm dificuldade de locomoção e estão afastados dos centros de ensino.
Por isso, o HGR11 tem seus imóveis alugados para empresas de educação menos ligadas ao EAD e voltadas para as classes de alta renda.
O ponto de preocupação do gestor do CSHG Renda Urbana está no movimento de fusões e aquisições de empresas de ensino, que ocasionam a venda de imóveis.
“Nestes casos ocorre uma diminuição de espaço das instituições por ganho de eficiência, e isto não tem relação com o EAD”, explica.
Vantagens e desvantagens da renda urbana
Uma das principais vantagens do setor de renda urbana é a estabilidade e o risco mais baixo. Isso porque um ponto comercial demanda altos investimentos em marketing, publicidade e marca para se tornar relevante, e por isso as empresas preferem contratos de longo prazo.
“Os contratos de locação de pontos comerciais são diferentes, pois quem briga por prazos mais longos é o próprio inquilino”, afirma Margato.
“As empresas investem muito para o ponto comercial performar cada vez mais, e o bairro vai se adensando em torno dele.” Além disso, os inquilinos têm um risco de crédito baixo.
De acordo com o gestor, o HGRU11 já recebeu propostas com valor mais de três vezes maior do que o pago pelo fundo, devido à valorização do bairro. No entanto, ele destaca que o retorno dos fundos de renda urbana ocorre no longo prazo. “É preciso esperar 1o, 11 anos para um contrato inteiro performar”, explica.