O fundo imobiliário HGLG11 apresentou seus resultados em relatório gerencial divulgado nesta quinta-feira (10). Com resultados crescentes nos últimos meses, o fundo possui reservas para distribuição maior no final do ano. A expectativa é de que os rendimentos de dezembro sejam bem maiores do que o patamar de R$ 1,10 que o FII vem pagando aos seus cotistas.
A gestora do fundo, a Credit Suisse Hedging-Griffo, explicou que até o momento o FII distribuiu apenas 77% do resultado apurado no semestre. Pela legislação que rege os fundos imobiliários, o fundo deve distribuir no mínimo 95%. O atual nível de distribuição é sustentável e bem alinhado ao resultado recorrente do FII no médio prazo.
Diante disso, a Credit Suisse disse que os resultados de ganho de capital serão distribuídos ainda ao final deste semestre, ou seja, vêm dividendos maiores no fechamento do ano.
No mês de outubro de 2022 o fundo teve um resultado de R$ 27,1 milhões (ou R$ 1,16 por cota). Porém, os dividendos do HGLG11 se mantiveram no patamar de R$ 1,10 por cota. O restante dos resultados foi retido para o próximo mês.
Nova situação do HGLG11 com novos ativos em operação
Além de mostrar os resultados, o fundo informou sobre a movimentação de sua carteira de ativos. Neste caso, houve a assinatura de duas pequenas locações temporárias no HGLG São José dos Campos, uma para a própria Ericsson, maior locatária do ativo, e outra para uma de suas prestadoras de serviços, chamada Greatek.
Por outro lado, com a concretização da aquisição de parte do HGLG Torino, novo ativo do fundo, os diversos indicadores do HGLG11 sofreram alteração pelo aumento da área bruta locável (ABL). O fundo também terá novas receitas e novos locatários.
Com isso, a vacância financeira do HGLG11 ficou em 11,5% e a vacância física em 13,7%, para uma área bruta locável de aproximadamente 1.000.000,00 de m².
A gestora também informou que as obras do G200 – HGLG Itupeva II foram finalizadas. O ativo está em fase de adaptações pelo operador do condomínio. Faltam a implementação do sistema de segurança e outras demandas necessárias para a operação do galpão logístico.
Em paralelo, a equipe gestora afirma estar se dedicando à locação do novo ativo. Existe uma negociação avançada para metade do galpão e outra para a totalidade. Além dessas possibilidades, o fundo tem recebido visitas de outros interessados no ativo.
Novos projetos do fundo
No HGLG Betim, a empresa B2W informou que não mais devolveria o galpão no fim de outubro, voltando ao prazo original de 31 de janeiro de 2023 como data de devolução. Com isso, o inquilino terá cumprido a totalidade do aviso prévio contratual. Desse modo, a penalidade pela rescisão antecipada será de aproximadamente R$ 10 milhões.
O HGLG11 esta evoluindo com o projeto de modulação do imóvel. No projeto original, tal ativo foi criado para operação de apenas um inquilino. O fundo quer mudar esse quadro, oferecendo maior liquidez ao imóvel em termos de locação.
Por fim, no ativo Master Labs, o fundo está em fase de fechamento de renovação contratual com três locatários, todos com aumento de aluguel. Na visão da gestão, isso mostra a resiliência do ativo e seu diferencial competitivo para empresas ligadas à saúde e farmacêuticas.
O CSHG Logística FII (HGLG11) tem por objetivo a exploração de empreendimentos imobiliários voltados primordialmente para operações logísticas e industriais, por meio de aquisição de terrenos para sua construção ou aquisição de imóveis em construção ou prontos, para posterior alienação, locação ou arrendamento.