A Hertz informou na última sexta-feira (22) que pediu proteção contra falência nos Estados Unidos e Canadá tentando evitar vender sua frota de veículos. Uma das maiores locadoras de carro dos EUA viu a demanda cair drasticamente por causa dos impactos da pandemia de coronavírus (Covid-19).
A Hertz conta com uma frota de 700 mil veículos, contudo, segundo o ‘Wall Street Journal’ a dívida da empresa já chega a US$ 19 bilhões (cerca de R$ 95 bilhões).
Em nota, a companhia indicou que “o impacto da Covid-19 na demanda de viagens foi repentino e dramático, levando a uma queda acentuada na receita da empresa e reservas futuras”.
“No entanto, permanece a incerteza sobre quando as receitas retornarão e quando o mercado de veículos usados voltará a reabrir inteiramente às vendas, o que exigiu ação imediata”, completou a locadora de veículos.
“A reorganização financeira fornecerá à Hertz o caminho para uma estrutura financeira mais robusta que posicione melhor a empresa para o futuro, enquanto navega no que poderia ser uma jornada prolongada e uma recuperação econômica global”
Além disso, vale destacar que a Europa, Austrália e Nova Zelândia, principais regiões onde a companhia opera, não estão inclusas no pedido de proteção falência, assim como as franquias.
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No final do ano passado, a empresa contava com 38 mil funcionários. Entretanto, em meados de abril demitiu cerca de 10 mil funcionários na América do Norte, devido a queda na demanda. O número representou um corte de 26,3% de sua força de trabalho global.
Hertz no Brasil
Ao final de 2016, as operações da Hertz no Brasil foram adquiridas pela brasileira Localiza Rent a Car. O valor da transação ficou em R$ 337 milhões. A marca se tornou “Localiza Hertz”.
Última cotação dos papéis da companhia
As ação da Hertz listadas na Nyse, sob o ticker ‘HTZ’ , fecharam na última sexta-feira (22) cotadas a US$ 2,84. A locadora de automóveis tem, atualmente, US$ 402,67 milhões em valor de mercado.