A Hermes Pardini (PARD3), rede de medicina sediada em Belo Horizonte, em Minas Gerais, poderá realizar até 9 mil testes para detecção do coronavírus (Covid-19). A informação foi dada pelo CEO da companhia, Roberto Santoro, em teleconferência com analistas na manhã desta terça-feira (19).
Santoro disse que enxerga que a empresa possa aumentar sua produção diária, que atualmente tem capacidade para 2,5 mil testes e, no curto prazo, chegará a 5 mil testes diários do coronavírus.
Até o início deste mês, a Hermes Pardini era a responsável pela realização de 20% dos diagnósticos do vírus no País. Em Minas Gerais e Goiás, os testes positivos chegaram a ser de 40% dos testes.
A produção em massa dos testes estão impulsionando o crescimento e a entrada na base de clientes da concorrência. Segundo Alessandro Ferreira, vice-presidente comercial e marketing, os testes de detecção do Covid-19 não serão temporários, e deverão fazer parte do “trial médico” por muito tempo.
“Para qualquer quadro médico de crise respiratória será obrigatório fazer o teste. Nosso potencial tecnológico permitirá fazer estes testes em larga escala e ajudar na recuperação e manutenção das receitas”, salientou o executivo.
O coronavírus já vitimou 16.941 pessoas em todo o Brasil, tendo sido confirmados ao menos 257 mil casos. É o terceiro país em todo o planeta com mais casos confirmados do vírus oriundo na China, no final do ano passado.
Em todo o mundo, ao menos 4,83 milhões de pessoas já contraíram a doença. Do total, 319,21 mil morreram, enquanto 1,80 milhões já se recuperaram. Uma vacina ainda não foi encontrada, embora laboratórios de todo o mundo estejam à procura.
Nesta quarta-feira, por volta das 12h15, após a declaração do presidente da companhia em relação ao combate do coronavírus, as ações da Hermes Pardini subiam 2,03%, cotadas a R$ 17,09.