Após cinco anos de uma disputa judicial em Santa Catarina, Lucas Demathe da Silva receberá R$ 1 bilhão. O valor é referente a herança de Eggon da Silva, um dos fundadores da Weg (WEGE3). A informação é do O Globo.
A disputa judicial incluía os cinco herdeiros de Eggon, que faleceu no ano de 2015, e Lucas Demathe da Silva, um sexto filho do empresário, porém fora do casamento com Laura Augusta da Silva, mãe dos outros cinco filhos.
No acordo feito ainda em julho, Silva passou a ter direito ao recebimento da fortuna, se tornando o novo bilionário da vez. Estimativas anteriores feitas por advogados apontavam que o valor buscado era de cerca de R$ 800 milhões, porém, no fechamento da ação, o montante acordado foi 25% maior.
Eggon da Silva é um dos fundadores da Weg, juntamente com Werner Ricardo Voigt e Geraldo Werninghaus. A companhia tornou-se conhecida como uma das maiores fabricantes de motores elétricos do mundo. Eggon faleceu aos 85 anos, mas a partir disso, a disputa judicial de sua herança impediu que se concluísse o inventário.
A herança do fundador da Weg
O patrimônio de Eggon da Silva seria deixada para os cinco herdeiros, filhos de Laura: Décio da Silva, Marcia da Silva Petry, Katia da Silva Bartsch, Solange da Silva Janssen e Tânia Marisa da Silva, sendo que todos possuem participação na WPA S.A.
A WPA é detentora de 50,09% das ações da Weg, o que fez com que os filhos de Eggon da Silva alcançassem patrimônios bilionários.
No ano de 2022, a lista de bilionários da Forbes teve 33 novos nomes, dos quais 10 estavam relacionados ao patrimônio da Weg, o que inclui as quatro filhas do empresário, ficando nas seguintes posições do ranking:
- 77ª: Marcia e Katia (R$ 6,38 bilhões)
- 80ª: Solange (R$ 6,31 bilhões)
- 88ª: Tânia (R$ 5,51 bilhões)
Lucas Demathe da Silva é um jovem de 25 anos que reside em Florianópolis. Ele é filho legítimo de Eggon da Silva e estava insatisfeito com o valor recebido pela família, que era de aproximadamente R$ 10 milhões. Ele então entrou com uma ação na justiça, que tramitava na Vara Cível de Jaraguá do Sul.
Conforme determinação pela justiça, o processo corria em segredo. O motivo, segundo a própria justiça, era “a fim de se preservar a intimidade dos familiares e herdeiros, considerando tratar-se de expressivo valor patrimonial deixado”.
O processo ocorreu na forma de inventário judicial. Isso porque Eggon da Silva havia deixado um inventário antes de sua morte, sendo que a inventariante era Marcia da Silva Petry, filha do fundador da Weg.
Lucas não chegou a conhecer seu pai pessoalmente, nem mesmo seus irmãos, herdeiros da fortuna de Eggon da Silva. O dono da Weg doou uma casa em Florianópolis para Lucas Demathe da Silva e sua mãe, que se envolveu com Eggon quando o empresário tinha 65 anos, há cerca de 25 anos.
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