A Hapvida (HAPV3) deve divulgar no dia 27 de março deste ano um desempenho robusto no quarto trimestre de 2023 (4T23), um cenário de beneficiários menos desfavorável e melhorias contínuas no índice de sinistralidade médica (MLR), prevê o Itaú BBA.
Nas empresas do setor de seguros e planos de saúde, a sinistralidade é um indicador que reflete o montante gasto pela empresa por beneficiário. Trata-se de uma medida fundamental no desempenho operacional, uma vez que a sinistralidade é avaliada em relação à receita das empresas.
Consequentemente, quanto mais elevada a sinistralidade, menor será a margem bruta da empresa. Se houver um aumento no uso do plano de saúde devido a sinistros, que são eventos considerados inesperados, a empresa pode enfrentar uma redução na sua capacidade de converter a receita em recursos financeiros disponíveis.
Além disso, o banco antecipa, em relatório enviado ao mercado, que a Hapvida deve continuar sua trajetória de aprimoramento no 4T23, mesmo diante de uma sazonalidade historicamente mais fraca para o período.
Conforme as projeções do BBA, a empresa pode alcançar um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 908 milhões no período de outubro a dezembro do ano passado.
Em termos de receita líquida, a estimativa é de R$ 7,005 bilhões, enquanto o lucro bruto deve atingir R$ 1,925 bilhão.
A análise do Itaú BBA ressalta a contínua melhoria nos indicadores operacionais da Hapvida, com uma abordagem centrada na gestão de custos e despesas, projetando um cenário otimista para a empresa, o que pode refletir positivamente no mercado financeiro.
Além da Hapvida, os analistas do Itaú BBA também destacam outras empresas do setor de saúde. A Rede D’or (RDOR3) tem projeções de crescimento de um dígito para hospitais, enquanto a casa vê tendências positivas para a SulAmérica (SULA3). No caso da Oncoclinicas (ONCO3), o BBA afirma que apesar do forte crescimento de receita, a dinâmica de recebíveis pode pressionar o fluxo de caixa, enquanto a Blau (BLAU3) tem expectativa de estabilidade na receita, com foco na gestão de custos e leve melhoria na rentabilidade.
O BBA aponta que a Dasa (DASA3) deve ter uma diminuição nas receitas devido à sazonalidade, mas com eficiências operacionais compensando parcialmente, e a Fleury (FLRY3) deve antecipar uma desaceleração no crescimento da receita, com a empresa buscando sinergias para manter a rentabilidade.